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Sespa intensificará ações contra o sarampo em Afuá

Por Mozart Lira (SESPA)
28/05/2022 14h22

A partir deste sábado, 28, uma equipe de técnicos da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) estará se deslocando para Afuá, no extremo norte da ilha do Marajó, para executar, em parceria com o Amapá, medidas de interrupção da circulação do vírus do sarampo na região, com fortalecimento dos sistemas de Vigilância e Atenção à Saúde. 

As ações em Afuá começam na segunda-feira, 30, com capacitação de profissionais de saúde municipais para o protocolo de sarampo e reuniões entre equipes da Sespa e da Secretaria de Saúde de Afuá para definição do itinerário das buscas ativas por casos suspeitos e as barreiras vacinais, que seguirão de 31 de maio a 10 de junho. 

O Pará ainda não tem casos confirmados de sarampo este ano, mas em Afuá já há seis ocorrências ainda sob suspeita e em fase de investigação. Daí a necessidade da ida da equipe técnica ao município, uma vez que é intenso o fluxo de pessoas deste com o Amapá.

Entre os objetivos das ações da Sespa em Afuá estão intensificar a vacinação contra o sarampo e realizar a busca ativa de casos suspeitos e respectivos contatos na área afetada do município, bem como envolver as equipes de Saúde da Família e serviços de saúde locais nas ações de notificação, investigação e bloqueio oportunos.

“Com a articulação com o Amapá, vamos atuar no desencadeamento dessas ações de vacinação, de cobertura da primeira e segunda dose da tríplice viral e investigação de casos suspeitos para conter o avanço da doença ao restante do Pará, fortalecendo as ações de vigilância para seguirmos com erradicação do sarampo”, explica Daniele Nunes, diretora de Vigilância em Saúde da Sespa, em exercício. 

A ação conjunta da Sespa também contará com  trabalho da vigilância sanitária, que montará barreiras sanitárias nos portos. “Por meio de abordagens com a população, vamos conscientizar quanto à importância da vacinação como medida eficaz de prevenção, pois precisamos agir de todas as formas para evitar que o vírus circule no município e as viagens são um ponto de risco, por isso essa decisão visa evitar possíveis contaminações”, explica a diretora de Vigilância Sanitária da Sespa, Milvea Carneiro.

Sinais e sintomas - O sarampo é uma doença infecciosa aguda viral transmitida pela tosse, fala, espirro ou respiração de pessoas doentes. O paciente deve procurar atendimento médico logo que apresentar os primeiros sinais e sintomas da doença, que são febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas na pele. Todas as pessoas não vacinadas e que nunca adoeceram de sarampo são suscetíveis ao adoecimento, pois só a vacina garante a proteção. A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba e está disponível nas salas de vacinação das unidades de saúde.

A pessoa com suspeita da doença deve procurar imediatamente atendimento médico para que seja feita a notificação do caso e a equipe de saúde possa agir para interromper a circulação do vírus entre as pessoas que tiveram contato com o doente. 

A coordenadora da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sespa, Adriana Veras, ressalta que os casos suspeitos de sarampo têm que ser notificados até 24 horas após o atendimento, para que seja iniciado o protocolo da Vigilância Epidemiológica pelo município e Estado, que inclui diversas ações, como a busca ativa dos contatos não vacinados até 48 horas e o bloqueio vacinal independentemente se o caso é ou não confirmado até 72 horas após a notificação, entre outras.

“A orientação geral é que os médicos precisam estar atentos aos sinais e sintomas do sarampo e fazer a notificação imediata, para que seja possível bloquear a circulação do vírus e evitar que mais pessoas sejam contaminadas”, ressaltou a diretora.

Além da notificação, os profissionais devem coletar amostra para sorologia e biologia molecular no primeiro contato com o paciente e investigar imediatamente a ocorrência de outros casos suspeitos. Já as secretarias Municipais de Saúde, além da notificação aos Centros Regionais de Saúde da Sespa e à Vigilância Estadual, devem fazer a investigação oportuna dos casos notificados e divulgar à população as medidas preventivas ao sarampo, além de orientar sobre o atendimento médico em casos de sinais e sintomas.

No Pará, 4.832 casos de sarampo foram registrados em 2020. No ano seguinte, foram 116 casos confirmados. 

Na campanha contra o sarampo em curso, a meta é vacinar contra o sarampo é 629.169 crianças. Até o momento foram vacinadas 104.523 crianças de 6 meses a 4 anos, o que corresponde a cerca de 16,61% da população alvo da campanha. A Sespa destaca que a aplicação de vacina é responsabilidade das secretarias municipais de saúde.