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Hospital Materno Infantil entregue em Barcarena é um dos mais modernos do Pará 

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/10/2018 00h00

O município de Barcarena, na região do Baixo Tocantins, recebeu nesta sexta-feira (21), uma das unidades de saúde mais modernas do Estado, o Hospital Materno Infantil Anna Turan. Com 65 leitos, os cinco blocos do prédio são resultado de um investimento de R$ 30 milhões do Governo do Pará, incluindo obras físicas, de reforma e ampliação e equipamentos.

O governador Simão Jatene participou da cerimônia de inauguração do hospital, que é uma antiga reivindicação da região do Baixo Tocantins e deve vai se tornar uma referência no atendimento materno infantil. Com a entrega da unidade hospitalar, o fluxo de gestantes e crianças que antes precisavam ir até a Santa Casa, em Belém, deve diminuir. “Esse hospital teve muitas mãos, mas ninguém fez favor, todo mundo cumpriu o seu papel, e seria injusto se eu não dissesse que o município de Barcarena é parceiro. Quero agradecer também a paciência que vocês tiveram para que essa obra ficasse pronta”, disse Jatene, que visitou a estrutura do hospital.

O diretor operacional da Organização Social Pró-Saúde, responsável pela gestão dessa e de outras seis unidades de saúde no Estado, Rogério Kuntz, falou que a expectativa é que o hospital reduza de 70 a 80% a ida para Belém das pacientes com necessidade de atendimento Materno Infantil. “A ideia é que o quadro de todas as pacientes seja resolvido aqui, partos, atendimentos ginecológicos, todas que tiverem o perfil de atendimento Materno Infantil, gestantes e recém-nascidos”, disse. 

O secretário em exercício da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Arthur Lobo, lembrou que Barcarena, conhecida como refúgio do movimento cabano, traz uma história de luta, que se reflete na concretização do hospital. Lobo citou ainda a inauguração como mais um passo da descentralização da saúde pública, iniciada ainda em 2002 com o Hospital Metropolitano, seguido dos hospitais regionais inaugurados em Marabá, Redenção, Altamira, Santarém, Breves, Tailândia, Paragominas e Tucuruí.

Além destas unidades de saúde, vale destacar a construção de novos hospitais e espaços de atendimento especializados, como o Oncológico Infantil Octávio Lobo, o maior dedicado especificamente para esta atuação Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR). "Isso é uma breve síntese do que foi feito ao longo desses anos de governo. São, ao todo, mais de 2 mil leitos disponíveis para a população do Estado, além das reformas de outros hospitais e aquisição de equipamentos novos e com tecnologia de ponta".

Política pública para as mulheres

O Hospital Materno Infantil é o resultado de um trabalho de implementação de políticas públicas voltadas para as mulheres do Estado. A coordenadora do Conselho Tutelar de Vila dos Cabanos, Zoraia Pereira, reforçou que a criança deve ser prioridade absoluta. "Esse hospital vem para minimizar o quadro de morte no município", pontuou. 

O prefeito de Barcarena, Antônio Carlos Vilaça, disse que educação e saúde são e devem ser sempre prioridade. "Saúde é coisa séria, principalmente quando se trata de mulheres e crianças".

A importância do hospital para a comunidade de Barcarena foi lembrada pela diretora geral da unidade, Stephanie Valdivia, que reforçou a existência de 321 colaboradores habilitados e inteiramente capacitados para o atendimento da população. “Como diferencial temos cinco leitos em que a mulher vem em trabalho de parto normal e recebe os cuidados de pré-parto, parto e pós-parto, além do banco de leite, que vamos contar com a comunidade", completou.

A fonoaudióloga Mariângela Bitar, bisneta de Anna Turan, primeira médica paraense do Brasil que empresta seu nome ao Hospital, representou a família no evento de inauguração. Natural de Igarapé-Miri, Anna estudou medicina quando mulheres não tinham permissão para frequentar faculdade do curso. Ela também foi reconhecida pelo trabalho realizado em Belém e no Acre, voltado para "moléstias das senhoras", como antigamente chamavam médicos que atendiam apenas doenças de mulheres. 

"Eu espero trazer o agradecimento da minha família por ter sido atribuído o nome da minha bisavó a esse hospital. Sem dúvida, a obra reflete todo o cuidado, preocupação e o investimento na saúde da comunidade de Barcarena. Todos os envolvidos com essa obra sentem, pela história dela, repleta de protagonismo e coragem, essa energia transformadora", afirmou Mariângela Bitar. 

Descentralização da saúde

O trabalho de construção do Hospital de Barcarena foi iniciado em junho de 2013 e duplicou a capacidade da unidade de saúde, que hoje atende a todas as normativas da Vigilância Sanitária e do Ministério da Saúde. A obra foi entregue em maio pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), para que a Sespa pudesse instalar todos os equipamentos da unidade. 

Desde janeiro de 2011, a Secretaria de Estado de Saúde Pública investe na descentralização e no fortalecimento dos serviços no interior, implantando o Projeto de Requalificação dos Hospitais Municipais, que está viabilizando obras de construção, reforma e ampliação de hospitais de pequeno porte, em parceria com os municípios, assim com a aquisição de equipamentos, para que atendimentos de média complexidade possam ser realizados nos próprios municípios. Trata-se de um compromisso do atual governo assumido com a sociedade paraense ao estabelecer ações emergenciais nos hospitais sob gestão municipal.

Um dos diferenciais do Hospital em Barcarena é a emissão do CPF na hora. A unidade contará com um cartório instalado dentro do prédio, ou seja, o bebê sairá do HMIB registrado com o Cadastro de Pessoa Física. Além disso, será ofertado o serviço de vacinação.

Materno Infantil - O hospital, que terá atendimento direcionado especificamente às mulheres e crianças, está numa área total de 10.710 mil m², com uma área construída de 6.311,99 mil m², divididas em cinco blocos. O hospital tem capacidade para 65 leitos, sendo 10 de UTI adulto, 10 de UTI Neonatal e 10 de UCI (Unidade de Cuidados Intensivos) Neonatal.

No primeiro será a área administrativa, com quatro consultórios, dois laboratórios, Raio-X, ultrassonografia e mamografia. No segundo serão duas salas, uma de emergência e outra de observação infantil e adulto; dois consultórios; uma sala de inalação; uma sala de curativo; uma sala de isolamento; uma sala de gesso; o bloco cirúrgico com três salas cirúrgicas; e uma sala de recuperação pós-cirúrgica.

No terceiro bloco estão as nove enfermarias materno-infantil; a brinquedoteca; cinco salas de parto humanizado, sendo duas delas com banheiras e uma área de coleta de leite, com entrada independente para as mulheres que quiserem fazer doações. No quarto bloco estão localizadas as unidades de UTI adulto, UTI infantil e UCI neonatal.

O quinto e último andar fica o apoio logístico, com área de esterilização (CME); lavanderia; nutrição enteral; farmácia; nutrição parenteral e vestiário. Na área externa fica o necrotério, além do abrigo de resíduos sólidos; subestação; central de fluídos medicinais; caixa d'água com cisterna e a central de gás.