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Simão Jatene faz balanço de governo no Programa Sem Censura, Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/10/2018 00h00

O governador do Pará, Simão Jatene, fez um balanço dos últimos oito anos de mandato no Programa Sem Censura, Pará desta segunda-feira (1º), exibido das 14h30 às 16 h pela TV Cultura, e transmissão ao vivo pelo Portal da emissora. A entrevista foi realizada no novo prédio da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), com apresentação da jornalista Renata Ferreira e tendo como mediadores os jornalistas Ivana Oliveira e Antônio Carlos Pimentel.

Diversos temas foram abordados pelos jornalistas, e também por telespectadores, principalmente segurança, saúde, educação, infraestrutura, meio ambiente e cultura.

Simão Jatene lembrou, logo no início, a modernidade do Centro de Inteligência Integrado das polícias Federal, Civil, Militar, Rodoviária Federal e Rodoviária Estadual, que se destaca não somente com equipamentos e softwares de ponta, mas também funciona com um espaço de convivência entre os agentes das diferentes corporações.

Na educação, o governador enfatizou a admissão de mais de 16 mil servidores em concurso público nos últimos anos, o que muda o quadro anterior, quando um terço dos funcionários do Estado era de temporários, e a construção de mais de 500 escolas. Após ser indagado sobre o piso salarial dos professores, Simão Jatene esclareceu que o Pará tem hoje o 5º melhor salário da categoria no Brasil. “Professor que trabalha 200 horas no Estado ganha R$ 4 mil. Ninguém ganha menos, e o piso nacional é pouco mais de R$ 2 mil”, reiterou.

Ainda sobre educação, o governador destacou as dificuldades enfrentadas pela gestão, que arrecada R$ 240,00 por contribuinte, para fazer investimentos em todos os setores. “Um bom investimento seria em escolas de tempo integral, mas sabemos que não tem como. As escolas têm que ter outro perfil. Já temos dificuldades de manter as que já existem; é difícil. Mas Investimos em saúde e educação acima do que está previsto na Constituição”, completou.

Descentralização – Jatene falou ainda sobre a estratégia de descentralização da gestão estadual, com a entrega de 20 hospitais regionais. Ele lembrou que durante muito tempo a população do Pará contou apenas com três grandes unidades de saúde - Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, Hospital Ophir Loyola e a Santa Casa de Misericórdia -, e agora tem hospitais nos municípios de Marabá, Redenção, Santarém, Altamira, Breves, Tailândia, Paragominas e Barcarena, além de outros municípios contemplados. “Fizemos mais do que toda a história até agora”, afirmou.

Dois dos 10 hospitais públicos classificados como ONA 3 – nota máxima da Organização Nacional de Acreditação de serviços de saúde –, dois estão em território paraense. “É claro que as coisas não terminam aí. A atenção primeira foi construir a rede, mas já temos também cursos de medicina em Santarém e Marabá, temos 2 mil leitos agregados, e também temos que destacar as dificuldades enfrentadas pela saúde por conta de muitos leitos privados que foram fechados por conta dessa crise desastrosa no Brasil”, acrescentou.

Estradas e habitação - O governador citou ainda a recuperação das principais estradas que cortam o Pará e a construção de pontes de concreto, em substituição às de madeira. Outro programa de governo que merece destaque, segundo Simão Jatene, é o Cheque Moradia, que desempenha, segundo ele, um papel pedagógico, “porque nós damos o material, e não a obra. É o governo percebendo as dificuldades e contribuindo para que o povo enfrente o seu desafio. Já disseram que eu ganhei eleição por causa do Cheque Moradia. Então, é sinal que é um programa muito bom, porque responde às necessidades de cada realidade”.

Na área ambiental, Jatene ressaltou o avanço do Cadastro Ambiental Rural (CAR), informando que antes o Pará possuía 20 mil cadastros inseridos no Sistema Nacional de CAR, e atualmente já são mais de 180 mil. “As pessoas perguntam ‘o que tem a ver?’. Tem tudo a ver, porque as pessoas agora têm nome e endereço. Antes, era uma grande interrogação”, explicou, reforçando ainda a criação do mais moderno Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam). “Antes só podíamos dizer ‘sim, senhor’ quando liberavam os números do desmatamento. Hoje, o grau de resolução dos outros sistemas é de 30 metros, a maioria, e o nosso é de 3 metros. Avançamos muito”, garantiu.

Integração urbana - Na mobilidade urbana também foram citadas as obras na Avenida Independência, na Rodovia Mário Covas, na Avenida Perimetral e, recentemente, a abertura ao tráfego de quase 5 km da Avenida João Paulo II, prolongada até o município de Ananindeua.

Simão Jatene foi indagado sobre a presença do Estado em todo o interior, e fez questão de reforçar que o projeto do governo é “despersonificar” a figura do governador. “Foi proposital. Precisamos disso para fortalecer a ideia de pertencimento coletivo. Mas quando precisamos nos posicionar, nos posicionamos. Quem brigou pela Lei Kandir fomos nós; quem criou a taxa mineral fomos nós. Mas isso não nos leva a uma sociedade moderna. Tudo que foi feito não é algo que eu deva me auto elogiar, mas é patrimônio do Estado. O que não dá é que a cada ciclo político se negue tudo que foi feito atrás”, frisou.

Os centros Regionais de Governo (instalados em Marabá, no sudeste, e Santarém, no oeste) e a Fundação Pro Paz também são considerados pelo governador avanços na garantia de serviços sociais descentralizados, oferecidos não somente na capital do Estado.

Eventos culturais - Na área cultural, o governador citou a consolidação da Feira Pan-Amazônica do Livro (que este ano chegou à 22ª edição), a criação do Cred-livro (recursos repassados pelo Estado aos profissionais da educação para aquisição de livros na feira) e a realização dos festivais de música.

Segundo o governador, os problemas ainda existentes na área, principalmente as reclamações referentes à concentração de ações na capital, podem ser sanados com os Centros Regionais. “Também contribuímos com os eventos, como o Çairé e os Jogos Indígenas. A Fundação Carlos Gomes desenvolve um programa de formação de músicos no interior. Mas se ainda acham que foi pouco, eu me curvo a isso”, disse ele.

Nas considerações finais, o governador agradeceu à população pelo reconhecimento aos dois últimos mandatos. “Não fiz tudo que queria fazer, mas fomos ao limite do que achamos que era possível e necessário”, garantiu, agradecendo ainda à equipe de jornalismo da TV Cultura. Simão Jatene reiterou que é possível discutir temas delicados de forma civilizada, e parabenizou a emissora pela nova sede.

Novo prédio - A Cultura Rede de Comunicação (Funtelpa) ganhou um novo prédio para abrigar as atividades da TV, Rádio e do Portal Cultura, além da parte administrativa. A nova sede fica na Rua dos Pariquis, Bairro da Cremação, em Belém. A Fundação adquiriu novos equipamentos de transmissão de sinais – de televisão e rádio –, montou novos estúdios e melhorou as instalações dos setores administrativos.

O prédio tem 1.262 m² de área e sete andares. Conta com modernos estúdios para os programas da Rádio, TV e Portal Cultura, ilhas de edição, biblioteca, salas de reuniões e setores administrativos, além de redações para os programas, refeitório e espaço de convivência para funcionários, no último andar.

Esta é a primeira sede própria da Cultura. Desde 1981 (há 36 anos), a Fundação exercia suas atividades no prédio anexo à Imprensa Oficial do Estado (Ioepa), na Avenida Almirante Barroso, no Bairro do Marco.

Para a presidente da Fundação, Adelaide Oliveira, receber o governador na nova casa durante o Sem Censura, Pará é uma espécie de piloto de tudo o que será executado pela emissora nessa nova fase. “É uma mudança extremamente difícil. Estamos mudando mais de 30 anos de Fundação, trazendo a mudança homeopaticamente. Acho que hoje é mais um exemplo disso. Ainda estamos num estúdio improvisado, mas foi muito importante para que possamos nos adaptar a essa nova casa e, com isso, também às partes técnica e operacional”, finalizou.