Pará participa da Reunião do Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Amazônia
Evento no Mato Grosso debate estratégias para fortalecer o combate ao desmatamento e às queimadas de forma integrada entre os Estados
Fórum de Secretários da Força-Tarefa de Governadores para Clima e Florestas (GCF-Task Force), em Cuiabá (MG), nesta quarta-feiraO combate ao desmatamento, a incêndios florestais e outros crimes ambientais deve ganhar reforço com o trabalho integrado de Estados vizinhos. As ações de fiscalização e a união de esforços para atuar em área de fronteira foram pautas da reunião entre os Estados, que compõem a Amazônia Legal, durante o encontro do Fórum de Secretários da Força-Tarefa de Governadores para Clima e Florestas (GCF-Task Force), em Cuiabá, no Mato Grosso, nesta quarta-feira (11).
Por meio da GCF-Task Force, uma consultoria irá construir estratégias para atuação conjunta entre os nove estados que compõem a Amazônia Legal para a implantação de ações conjuntas, especialmente, nas áreas de desmatamento nas fronteiras interestaduais. Por meio do plano, será possível realizar o compartilhamento de informações e de aeronaves, quando for o caso. O trabalho integrado também facilitará a aquisição de equipamentos e insumos para as ações em campo, com menor custo, em sistema de consórcio.
O titular da Semas, Mauro O’de Almeida, no Fórum, em Mato Grosso: "O maior objetivo é promover a união de forças nas fronteiras".“O maior objetivo é promover a união de forças, de estratégias, seja nas fronteiras presentes no Pará e Amazonas, Amazonas e Rondônia e Acre e Amazonas, por exemplo. Onde foram detectados pontos críticos de desmatamento”, afirmou o secretário de meio ambiente e sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida.
O presidente do Fórum e secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, destaca que estas áreas de divisa, nos extremos dos estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Maranhão, são regiões que precisam ser alvo da fiscalização estadual e federal. Para isso, os secretários aprovaram uma agenda para integrar operações e esforços em campo, em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).
Os Estados têm ampliado os investimentos e a estrutura de combate ao desmate ilegal. No entanto, o reforço constante da União é necessário. "Não é mais uma agenda ambiental. É preciso ser vista como agenda de segurança pública, para que possamos ter rapidez nas operações e ações".
Ainda durante a agenda em Mato Grosso, as procuradorias de Meio Ambiente estaduais apresentaram aos secretários os resultados das discussões legais sobre como os Estados brasileiros podem estruturar um mercado de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd+).
O foco do debate foi a possibilidade de os estados tornarem rentável a preservação da floresta. Além do mercado privado, outro desafio discutido foi o custeio dos esforços estatais para manter preservadas as áreas de proteção integral.
A programação segue até esta quinta-feira, 12, com a realização da 107 ª Reunião Ordinária da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema).