Adepará realiza ações fitossanitárias junto à cadeia da pimenta do reino
Produto obteve expressiva alta nas exportações e as iniciativas da Agência são importantes para manter a competitividade do setor
O mercado brasileiro teve uma abertura de comercialização para países da chamada liga árabe, e passou a ser o segundo maior exportador de pimenta do reino do mundo. A cadeia produtiva da pimenta do reino no Pará, contribuiu com 34% desta exportação, algo em torno de 30 mil toneladas do produto.
De acordo com a Adepará, a produção é realizada em sua grande maioria por agricultores familiares e com uma peculiaridade, em módulos de Sistemas Agroflorestais, daí a importância econômica, social e ambiental desta cultura.
Ainda, segundo a Agência, um dos maiores problemas enfrentados pela pipericultura - cultura da pimenta do reino - paraense é a contaminação pela bactéria do gênero Salmonella, responsável por desencadear graves infecções no ser humano.
Com o objetivo de fortalecer a pipericultura no Estado, a Adepará publicou a portaria nº 1332/2020, que estabelece procedimentos sanitários, fitossanitários e as obrigatoriedades para a cultura da pimenta do reino no Estado do Pará.
A portaria resulta de um estudo em conjunto com outras instituições públicas parceiras como a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), Embrapa Amazônia Oriental (Embrapa), e SFA/PA, reunidas em um Grupo de Trabalho (GT), com base em experiências práticas, rotineiras e científicas.
“A partir desta portaria, a Adepará passou a cadastrar todos os produtores de pimenta do reino com o objetivo de formar um banco de dados e permitir o planejamento e execução das ações de forma assertiva”, explica a engenheira agrônoma Lucionila Pimentel, diretora de Defesa e Inspeção Vegetal da Agência.
Além do cadastramento, são realizadas ações de Educação Sanitária, e a partir de reuniões e palestras, são repassadas informações do cadastramento no Sistema de Integração Agropecuária (SIAPEC3), sistema utilizado pela Agência, além das orientações e obrigatoriedades estabelecidas no documento.
Em 2021, os técnicos da Adepará estiveram em 21 municípios, realizando um total de 116 atividades educativas, um trabalho que vem sendo realizado continuamente este ano.
De acordo com a diretora Lucionila, as orientações refletem diretamente na implementação de boas práticas agrícolas, que é um dos fatores preponderantes para assegurar a sanidade e a qualidade do produto. “É uma exigência do mercado, que deve ser cumprida. Após o cumprimento de todas essas etapas de ações educativas e orientativas, a Adepará passará a fiscalizar o cumprimento da Portaria”, informou a diretora.
Texto de Rosa Cardoso (Ascom Adepará)