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Cooperação entre Polícia Científica e HOL visa zerar fila de espera por transplante de córnea

Por Alexandre Cunha (Pol. Científica)
09/05/2022 17h59

Aumentar a coleta de córneas para o Banco de Tecido Ocular (BTO) é o objetivo da extensão e ampliação do convênio entre o Hospital Ophir Loyola (HOL) e a Polícia Científica do Pará (PCEPA), por meio do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL). As trativas de cooperação foram realizadas, na manhã desta segunda-feira (9), entre o perito criminal Celso Mascarenhas, diretor-geral da PCEPA, o médico legista Hinton Barros Júnior, diretor do IMOL, e os médicos Alan Costa, responsável técnico do Banco de Olhos, e João de Deus, diretor clínico, que representava Ivete Vaz, diretora-geral do HOL.

A cooperação entre as duas instituições envolve a ampliação e protocolos em relação à condução e armazenamento dos cadáveres, para que eles apresentem condições favoráveis de captação das córneas. “Nossas equipes de remoção tomam cuidados com os corpos, cuidando bem dos olhos das vítimas e, ao chegar no IMOL, logo o procedimento de necropsia é feito com os técnicos do Banco de Olhos que cuidam da enucleação ocular. Mas, em casos que impossibilitam esse procedimento, contamos com nova sala que possui câmara fria que ajudam a conservar as córneas, uma vez que o tempo de exposição da córnea sem conservação é de 6 horas”, explicou Hinton Barros Jr, diretor do IMOL.

A ampliação do serviço também envolve a abordagem junto aos familiares, uma vez que somente eles podem autorizar a doação de órgãos e tecidos. Para isso, o setor psicossocial da PCEPA vai contribuir nesse trabalho com o objetivo de sensibilizar e possibilitar a captação das córneas dos cadáveres. “Disponibilizaremos nossas psicólogas e assistentes sociais para fazer esse contato de humanização, para que os familiares se sintam sensíveis em contribuir com as doações de córneas”, declarou Celso Mascarenhas, diretor-geral da PCEPA.

A cooperação entre a PCEPA e o HOL inclui ainda a implantação da captação de córnea para o Banco de Olhos, em todas as coordenadorias da PCEPA no Estado. “Isso pode ser viabilizado pelo treinamento que nossos auxiliares técnicos de perícia que atuam na sala de necropsia, pelos técnicos do Banco de Olhos. Assim como, pela criação de um termo entre as duas instituições que ofereça condições para isso”, completou Celso Mascarenhas.

A parceria entre as duas instituições será importante pela contribuição na diminuição da fila de espera de pessoas em busca do transplante de córnea, uma vez que são responsáveis por quase 80% de coleta e doações do Estado. “Temos cerca de 1000 pacientes na fila de espera por um transplante de córnea, que esperamos zerar o quanto antes. A ampliação dessa cooperação viabilizará esse bem social, a redução do tempo de espera  para quem precisa desse tecido para voltar a enxergar”, concluiu Alan Souza Costa, responsável técnico pelo BTO.