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Adepará reúne com setor produtivo na Campanha contra Febre Aftosa

Nesta etapa, devem ser vacinados animais de todas as idades, de 1° a 31 de maio, com notificação até o dia 15 de junho

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
29/04/2022 13h53

Hoje, o Pará conta 24 milhões de animais, o que representa o 3° maior rebanho do País. Para garantir a sanidade e a qualidade dos animais, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) reuniu com representantes do setor produtivo, dentro da programação de abertura oficial da Campanha contra Febre Aftosa 2022, no município de Marabá, no sudeste estadual.

Conforme a Adepará, a vacinação contra febre aftosa e as demais ações de defesa agropecuária querem evitar prejuízos à produção, eliminando a introdução e a disseminação de doenças.

Na etapa inicial da campanha, devem ser vacinados animais de todas as idades em 127 municípios, no período de 1° a 31 de maio, com notificação até 15 de junho.

A reunião, na quarta-feira (27), foi conduzida pelo diretor geral, da Adepará, Jamir Paraguassu Macedo, e funcionou como um momento para nivelamento de procedimentos entre representes da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), entre outras entidades, como Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá.

O encontro também contou com deputados estaduais e os prefeitos municipais dos municípios de Bom Jesus, Abel Figueiredo, Itupiranga e Ipixuna, e representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa) e de auditores fiscais do Ministério da Agricultura.

“O Pará conta atualmente com um rebanho de 99,08% vacinados na última etapa, quase 100% de imunização. Números bem expressivos quando comparados aos outros estados de mesmo status sanitário e isso se deu porque os atores envolvidos no processo tomaram a decisão por um rebanho sadio. Esse resultado só é possível com essa união de esforços entre Estado e produtores.”, avaliou o diretor geral da Adepará, médico veterinário Jamir Paraguassu Macedo. 

Economia - Atualmente, o patrimônio pecuário paraense é de 24 milhões de animais, 261.955 ovinos, 473.800 suínos, 64.906 caprinos e 113.412 propriedades rurais. No total, o Pará executa cinco etapas de vacinação no decorrer do ano, todas em cumprimento às diretrizes do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa. 

A campanha integra o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (Pnefa), destinado a alcançar a cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em bovinos e bubalinos.

Além da melhoria econômica, o Pnefa exige análise dos cenários e esforços das iniciativas públicas e privadas para que, até 2026, a vacinação contra a doença seja suspensa em todo o País.

Qualidade - O Pará tem comprovado ausência do vírus da febre aftosa no seu território há 17 anos, sendo certificado internacionalmente como livre de febre aftosa com vacinação desde 2018. Entretanto, a manutenção desse status é realizado através da observação das diretrizes da OIE, bem como do Pnefa, as quais são baseadas na vigilância ativa, que tem como objetivo identificar precocemente qualquer suspeita de reintrodução do vírus, para a contenção imediata, sem demais prejuízos para a economia. Tais ações têm sido executadas pelo Serviço Oficial rotineiramente a fim de salvaguardar o patrimônio pecuário paraense.

“Temos de trabalhar para sermos território livre da doença sem vacinação. O produtor é consciente de que precisa vacinar. A campanha é apenas um lembrete, porque a vacina ainda é o melhor remédio para o rebanho. Nós estamos sem a doença de aftosa há muito tempo, e queremos ficar livres da vacina também", avaliou Virgilino Camargo, coordenador do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em 17 municípios da região sudeste do Pará.