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QUALIDADE DO REBANHO

Campanha contra febre aftosa em maio vai abranger 127 municípios

Governador Helder Barbalho participou da abertura da campanha no Parque de Exposições de Marabá

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
27/04/2022 23h46

Para garantir a sanidade e qualidade do rebanho paraense, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) abriu a Campanha contra Febre Aftosa de Maio/2022, com a presença do governador Helder Barbalho, nesta quarta-feira (27), no Parque de Exposições do município de Marabá, no sudeste paraense. Atualmente, a pecuária paraense apresenta os seguintes números: 24 milhões de bovídeos (bovinos e bubalinos), 261.955 ovinos, 473.800 suínos e 64.906 caprinos, espalhados por 113.412 propriedades rurais.

"Essa campanha é muito importante, pois garantimos a sanidade e qualidade do nosso rebanho. O gado de origem do Pará possui Selo Verde, com responsabilidade ambiental, e preparado com qualidade para percorrer o mercado internacional. Parabéns a todos que contribuem para a economia do agro", destacou Helder Barbalho.

A vacinação contra febre aftosa e todas as demais ações de defesa agropecuária têm por objetivo evitar a reintrodução e a disseminação de doenças, assim como prejuízos para a pecuária. Nesta etapa, devem ser vacinados animais de todas as idades, em 127 municípios, no período de 1° a 31 de maio, com notificação até 15 de junho.

“Na etapa de Maio/2021, a cobertura vacinal do rebanho atingiu um índice de 96,86%, ficando acima dos valores preconizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Números bem expressivos quando comparados aos outros estados de mesmo status sanitário. Isso se deu porque os atores envolvidos no processo tomaram a decisão por um rebanho sadio”, informou o diretor-geral da Adepará, veterinário Jamir Paraguassu Macedo.Governador Helder Barbalho participou da abertura da campanha de vacinação do rebanho paraense

Programa nacional - A campanha integra o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), destinado a alcançar a cobertura vacinal de bovinos e bubalinos determinada pelo Ministério da Agricultura. Além da melhoria econômica, o PNEFA tem como prerrogativa a análise dos cenários e esforços das iniciativas públicas e privadas, para que, até 2026, a vacinação contra a doença seja suspensa em todo o País.

"Eu estou governador, mas sou pecuarista e agricultor. O agro é um setor que gera muitos empregos e renda para nossa população. Hoje, já somos o terceiro rebanho do País, mas nossa proposta é ser o maior rebanho. Consumimos apenas 20% do que produzimos. Então, precisamos investir cada vez mais no setor e dar apoio aos produtores. O governo está comprometido com isso", garantiu o governador.

Certificação - O Pará tem comprovado ausência do vírus da febre aftosa no seu território há 17 anos, sendo certificado internacionalmente como livre de febre aftosa com vacinação desde 2018.

Entretanto, a manutenção desse status está atrelada ao cumprimento das diretrizes da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE, sigla em inglês), assim como do PNEFA, que formam a base do sistema de vigilância epidemiológica. O objetivo é identificar precocemente qualquer suspeita de reintrodução do vírus, para a contenção imediata, sem demais prejuízos à economia. As ações são executadas pelo Serviço Oficial rotineiramente, a fim de salvaguardar o patrimônio pecuário.

Notificação - A Adepará ressalta que, após o período de imunização do rebanho, os produtores têm prazo para fazer a notificação à Agência, presencialmente ou via internet, pelo Sistema de Integração Agropecuária (Siapec 3), disponível no site do órgão. O produtor rural deve adquirir sua vacina em revenda cadastrada.

Para comprovar a vacinação é necessário apresentar, além da nota fiscal de aquisição da vacina, a relação do rebanho, com a quantidade de animais, faixa etária e espécie. O produtor que não notificar a vacinação fica sujeito à multa e bloqueios sanitários, cujo valor pode variar de acordo com a quantidade de animais.

O coordenador do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em 17 municípios da região, Virgilino Camargo, disse que enquanto a vacinação for obrigatória os produtores têm de vacinar. “O produtor é consciente de que precisa vacinar. A campanha é apenas um lembrete, porque a vacina ainda é o melhor remédio para o rebanho. Nós estamos sem doença de aftosa há muito tempo, e queremos ficar livres da vacina também. Temos de trabalhar para sermos território livre da doença sem vacinação”, afirmou.

“A vacinação de febre aftosa de bovídeos é uma ação executada pelo produtor, que apresenta o objetivo de garantir a sanidade do rebanho aos consumidores de carne do País e do mundo. Estes produtores têm conseguido atingir o êxito de manter a vacinação antiaftosa acima de 90%. Portanto, devemos parabenizar os produtores rurais e os servidores da Adepará por atingirem esta meta proposta pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que valoriza ainda mais a cadeia da carne bovina paraense perante o mercado nacional e internacional”, disse o diretor de Defesa e Inspeção Animal da Adepará, Jefferson de Oliveira.

O Pará executa cinco etapas de vacinação no decorrer do ano, todas em cumprimento às diretrizes do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa.

Etapas da vacinação:

Março e abril: municípios de Faro e Terra Santa (no Oeste) - vacinação com faixa etária para todos os animais.

Maio: calendário de imunização contempla 127 municípios - vacinação com faixa etária para todos os animais.

Julho e agosto: novamente nos municípios de Faro e Terra Santa - vacinação para animais de até 2 anos de idade.

Agosto a outubro: Etapa Marajó - vacinação de animais de todas as idades.

Novembro: novamente em 127 municípios - vacinação para bovinos e bubalinos com até 2 anos de idade.