Hospital Oncológico Infantil promove campanha de arrecadação de livros
Em alusão ao Dia do Livro, a iniciativa quer incentivar o hábito da leitura entre crianças e adolescentes atendidos na unidade de saúde
O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, já iniciou a campanha de arrecadação de livros intitulada "Ler faz bem, que tal ajudar também?". A iniciativa do Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) é alusiva ao Dia do Livro, comemorado anualmente em 23 de abril, e visa arrecadar livros novos e usados (em bom estado de conservação), de gêneros variados, como romance, drama, policial e trilogias, além de literatura infantojuvenil.
Para receber as doações, uma caixa personalizada pela equipe de Humanização da instituição foi colocada na segunda-feira (18) no subsolo do hospital. A expectativa é que os mais de 500 funcionários do hospital e outros segmentos da população participem da campanha até 29 de abril. Quem quiser doar basta dirigir-se à recepção no subsolo e deixar os livros com um dos funcionários. A unidade de saúde também promoveu contação de histórias para crianças e adolescentes em tratamento.
Brenda Caroline Silva, 27 anos, que integra a equipe do Setor de Patrimônio do Hospital Oncológico Infantil, é leitora assídua e lembra que, desde a adolescência, sempre ouviu que a leitura enriquece o vocabulário e aumenta o conhecimento. “Hoje, eu tenho o hábito de ler. A leitura me ajudou em muitas coisas, inclusive na educação dos meus filhos”, conta Brenda.
A literatura também é um instrumento lúdico para crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer Os livros arrecadados serão doados à Casa de Apoio Menino Jesus, instituição de acolhimento a crianças que fazem tratamento contra o câncer, no Bairro de São Braz, e ao Gueto Hub, um espaço cultural localizado no Bairro do Jurunas, em Belém.
No Hospital Oncológico Infantil, o Programa de Voluntariado da Pró-Saúde conta com o apoio de dois grupos que utilizam regularmente o livro como instrumento lúdico, por meio de contação de história para crianças: Abecas Capelania e Anjos da Enfermagem.
A pedagoga Joyce Wanzeler, que atua como brinquedista na equipe de Humanização, destaca que “os livros ajudam no desenvolvimento da linguagem, aumentam o vocabulário e estimulam a criatividade. No caso das crianças, permitem a descoberta do mundo imaginário. Eles proporcionam momentos de descontração e prazer a elas”.
Experiências dos curumins - Ainda no campo literário, a Classe Hospitalar Professor Roberto França, em funcionamento no Hospital Oncológico Infantil, desenvolve o Projeto “Curumim Chef da Amazônia”, voltado à elaboração de um livro de receitas regionais.
Ainda em fase preliminar, a ideia é que as crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer na unidade usem a criatividade, tendo como ponto de partida as experiências vivenciadas na Classe Hospitalar e nas interações educativas interdisciplinares. A expectativa é que o livro seja concluído até o final deste ano.
O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo integra a rede de saúde pública do Governo do Pará, gerenciado pela Pró-Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Texto: Emanuel Jadir - Ascom/Oncológico Infantil
