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Assistência técnica e extensão rural contribuem para segurança alimentar e geração de renda de famílias indígenas

Emater busca valorizar a realidade local e as potencialidades regionais, tendo como agentes do desenvolvimento aquicultores, extrativistas, pescadores, povos indígenas e quilombolas

Por Governo do Pará (SECOM)
19/04/2022 11h22

Somente no primeiro trimestre de 2022, o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Jacareacanga, no sudoeste paraense, realizou mais de 100 atendimentos, duas capacitações de derivados de mandioca, e emitiu 50 Declarações de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento a Agricultura Familiar (Dap/Pronaf) com finalidade de inclusão no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), para famílias indígenas do município.

No total, o órgão estadual atende a 552 famílias indígenas, a maior parte da Região de Integração do Tapajós, com orientação às cadeias da mandiocultura (produção de farinha), extrativismo, pesca artesanal, olericultura e agricultura (culturas de subsistência).  

Técnico em agropecuária, Raimundo Delival Batista coordena há 11 anos o escritório da Emater em Jacareacanga. “Assim que cheguei aqui e visitei, pela primeira vez, uma aldeia, me ofereceram um vinho de patuá e uma farinha que percebi ter pouco valor comercial em razão da cor e sabor. Então, vi a possibilidade de um bom trabalho, e hoje a farinha teve melhoramento em 100%, agregando geração de renda para os produtores Munduruku”, contou Batista.

Também com o assessoramento da Empresa, 75 famílias de 11 aldeias da etnia Munduruku foram contempladas com recursos do Programa Fomento, por meio do Ministério da Cidadania, que se trata de transferência não-reembolsável às famílias. Os técnicos do escritório local realizam, ainda, o acompanhamento social e produtivo dos investimentos, que são de R$ 2.400,00 por família. 

“Os investimentos se destinaram à aquisição de equipamentos das casas de farinha das aldeias, como forno, catitu-ralador com motor, peneiras, caixas para armazenamento de água de 1.000 litros e 500 litros, motor-bomba com mangueira, confecções de prensas para massa de mandioca, e ainda acessórios como bacias e baldes. Além disso, alguns compraram pinto-caipirão e ração”, explicou o coordenador da Emater em Jacareacanga.  

Em sua área de atuação, a Emater trabalha pelo acesso por parte dos grupos atendidos às várias políticas públicas disponíveis para o meio rural paraense, valorizando a realidade local e as potencialidades regionais. Integram esse grupo agricultores familiares, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores, povos indígenas, integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais e demais povos e comunidades tradicionais. 

“A Emater trabalha com os povos indígenas e faz a diferença nessas comunidades, atuando em parceria com a Funai [Fundação Nacional do Índio] e prefeituras municipais, buscando levar uma boa prestação de serviço a este público, sempre respeitando a autonomia desses povos, e a maneira como eles se organizam”, afirmou o engenheiro agrônomo Thiago Leão, representante da Emater no Conselho Estadual de Política Indigenista (Consepi).  

Texto: Paula Portilho/Ascom Emater