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GRANDES ESPETÁCULOS

Dia Nacional destaca a importância social e cultural do teatro

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/10/2018 00h00

Giuseppe Verdi, Richard Strauss e Gioachino Rossini são apenas alguns dos grandes compositores eruditos que tiveram suas obras apresentadas no Festival de Ópera do Theatro da Paz, que neste ano chegou a sua 17ª edição, quando cerca de 7 mil pessoas lotaram todos os setores da principal casa de espetáculos da capital paraense. A programação, realizada de 09 de agosto a 15 de setembro, manteve a tradição de rápido esgotamento dos ingressos. Nesta terça-feira (18), quando se comemora o Dia Nacional do Teatro, o Festival se destaca pelo incentivo à cultura.

A grande procura pelos espetáculos confirma a importância do evento, que se consolidou no calendário cultural do Pará. Em 140 anos de história, o Theatro da Paz cedeu seu palco a espetáculos memoráveis, o que se mantém com o Festival de Ópera. “São 17 anos com a casa lotada, com o público respondendo ao evento. Acho que a cultura é isso mesmo, é dividida em vários segmentos. Há pessoas que têm sorte de participar desse segmento e, no caso da ópera, o que se pode esperar é a resposta do público, e isso nós temos. É sempre lotado, com a bilheteria insuficiente para atender a todos. É uma exigência da nossa sociedade”, ressalta o diretor-geral do evento, Gilberto Chaves.

Para ele, qualquer manifestação cultural passa pelo teatro. “Sem o teatro não tem a ópera. Então, eu acho fundamental. Se todas as entidades brasileiras, privadas ou públicas se preocupassem em elevar cada vez mais o público dentro do teatro, teríamos uma sociedade mais crítica, porque o teatro é a própria história crítica da sociedade, é processo de conhecimento, é avaliação de toda a sociedade. As óperas são permanentes, os temas são atemporais. É sempre atual”, explicou.

Qualidade - Nos últimos três anos, foram cerca de sete apresentações no Festival ao longo de um mês e meio de programação, envolvendo duas óperas e reunindo um público de 10 mil pessoas por edição, aproximadamente. Por mais que nesse período a quantidade de óperas apresentadas tenha sido reduzida – até 2015 eram 12 -, devido ao alto custo de toda a montagem, uma das preocupações é manter o alto nível da qualidade dos espetáculos. “Essas óperas poderiam ser apresentadas em qualquer lugar do planeta. A orquestra é muito boa, o coro, os técnicos”, reforça o diretor-geral.

A qualidade do que é oferecido ao público vem destacando o trabalho do corpo técnico no Brasil e em outros países. Um exemplo é o tenor Atalla Ayan, que saiu do coro do Festival para atuar em outras óperas, e hoje coleciona muitas críticas positivas sobre seu trabalho. O Festival possui ainda jovens no coro e músicos extremamente qualificados na Orquestra, também reconhecida nacionalmente como uma das melhores do Brasil.

“Ainda temos o teatro em si, que tem a melhor acústica do País, dito por críticos do segmento, cantores, pianistas e regentes. O Theatro da Paz não tem rival em acústico. Para nós, é muito gratificante. A relação da ópera com o teatro é fundamental, porque a ópera nada mais é do que teatro cantado. Em vez de se falar, se canta”, informa Gilberto Chaves.

Cultura erudita - A TV Cultura transmite o Festival de Ópera do Theatro da Paz para os 144 municípios, com legenda, o que dissemina a cultura erudita por todo o território paraense. “Todos têm a noção de viver o que está sendo apresentado na capital. Isso multiplica a cultura, o conhecimento”, acrescenta o diretor-geral.

Para valorizar ainda mais a programação do evento, os festivais também são disponibilizados em DVD após a realização. Esse material é enviado para as secretarias de Cultura de todo o Brasil e fica disponível para compra na entrada do Theatro da Paz. A intenção é também preservar a memória e facilitar a pesquisa.