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Órgãos de segurança iniciam reprodução simulada do caso da morte da jovem Yasmin Macêdo

Trabalho conta com a participação de cerca de 200 agentes de segurança pública em ação conjunta de órgãos. A previsão é que a reprodução siga esta quarta-feira (13).

Por Matheus Rocha (SEAC)
12/04/2022 10h53

Os órgãos de segurança do Estado iniciaram, nesta terça-feira (12), a reprodução simulada do caso que culminou com a morte da estudante Yasmin Fontes Cavaleiro de Macêdo, que desapareceu durante um passeio de barco no rio Maguari, em Belém, em dezembro de 2021. O trabalho de reconstituição dos momentos que antecederam o desaparecimento da jovem conta com a participação de cerca de 200 agentes de segurança pública em ação conjunta de órgãos, como a Polícia Científica do Pará (PCEPA), Polícia Civil (PCPA), Polícia Militar, Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Corpo de Bombeiros e Marinha do Brasil.

Durante a manhã desta terça-feira, representantes dos órgãos envolvidos na ação concederam uma entrevista coletiva, em que foram dadas informações sobre o trabalho a ser realizado. O secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, destacou a importância da integração dos órgãos na ação.

“Este é um momento importante para este inquérito. É um trabalho muito grande e eu agradeço a integração dos órgãos e o empenho de todos os envolvidos. Que ao final deste trabalho possamos chegar a uma conclusão sobre o caso” afirmou. 

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, falou sobre a importância da reprodução para o andamento do inquérito policial.

“A reprodução simulada é uma modalidade prevista na nossa legislação. É uma ação que se faz necessária por conta das dúvidas e depoimentos contraditórios dos envolvidos. A partir de agora vamos poder esclarecer o que aconteceu naquela noite. Estamos com uma dinâmica preparada e não vamos medir esforços para sair daqui sem nenhuma dúvida e a sociedade paraense com uma resposta do que ocorreu”, destacou o delegado-geral. 

Logística

A reprodução simulada tem como bases fixas as marinas localizadas às margens do Rio Maguari, na Região Metropolitana de Belém. A operação também conta com o uso de 16 embarcações, que vão servir para dar deslocamento e fazer o isolamento da área onde os trabalhos vão ocorrer. Dezoito testemunhas do caso vão participar da operação, prestando depoimentos sobre o ocorrido na noite do fato.  

O trabalho da Polícia Científica partiu de informações contidas nos autos do inquérito policial do caso. Para determinar a logística do procedimento, os peritos criminais fizeram visitas técnicas para analisar a dinâmica dos fatos, como os momentos em que a vítima estava na lancha, quando ela desapareceu, entre outros detalhes da investigação. A ação também conta com o uso de equipamentos tecnológicos como drones, GPS e máquinas fotográficas.

De acordo com o perito criminal Celso Mascarenhas, diretor-geral da PCEPA, a reprodução simulada, diferente dos depoimentos, não pode gerar dúvidas.

Celso Mascarenhas é diretor-geral da Polícia Científica “Buscamos fazer em dia, horário e condições climáticas semelhantes às do dia do evento. Com este trabalho, vamos ter dados para comparar com o inquérito. Temos o trabalho de peritos imparciais. Tudo isso serve para mostrar a verdade sobre o caso e dar resposta à família da vítima e à sociedade”, disse. 

Os trabalhos seguem durante toda a terça-feira. A previsão é que a reprodução siga esta quarta-feira (13). Entretanto, se preciso, o trabalho poderá ser prolongado pelo tempo necessário para a sua conclusão.