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SAÚDE PÚBLICA

Ophir Loyola promove qualidade de vida para pacientes com Parkinson

Hospital oferece tratamento com uso de medicação adequada e técnicas de reabilitação para o controle dos sintomas da doença

Por Governo do Pará (SECOM)
11/04/2022 13h13

Fabio Melo, 47, trata a doença de Parkinson, no Ophir Loyola: "Tento viver da melhor forma possível”, conta.De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a Doença de Parkinson. Apesar de não ser uma enfermidade de notificação compulsória, números não oficiais apontam para cerca de 250 mil portadores no Brasil. Nesta segunda-feira (11), data alusiva à conscientização sobre a doença, especialistas ressaltam a importância do diagnóstico precoce para o enfrentamento à doença, que ainda não tem cura.

Com tratamento adequado é possível combater sintomas e retardar o avanço do Parkinson. Desde 2008, o Hospital Ophir Loyola (HOL) realiza atendimentos voltados aos parkinsonianos. Somente em 2021, a instituição registrou 528 pacientes em tratamento.

A doença provoca incapacidade e redução significativa da qualidade de vida, e as causas ainda são desconhecidas, explica o neurologista do HOL, Bruno Lopes.

O 'Parkinson' provoca tremor nas mãos, por exemplo“Ainda não sabemos a causa específica. O que temos são pistas de fatores que podem estar associados, como um traumatismo craniano ou o contato com algumas toxinas, pesticidas e substâncias que podem ser encontradas na água ou na alimentação. Além disso, o que define se uma pessoa terá ou não o Parkinson, é o DNA. Juntando os fatores ambientais ao DNA, é possível que o indivíduo desenvolva a doença", explica o especialista.

Essa disfunção neurológica é degenerativa e progressiva, consequência da morte de neurônios em regiões do encéfalo. É conhecida pelo principal sintoma: os tremores. Porém, é comum a apresentação de rigidez na musculatura do corpo, a lentidão e a diminuição dos movimentos, bem como dificuldades de equilíbrio quando a pessoa está em pé, chamada de instabilidade postural.

Diferente de doenças que acometem apenas idosos, como o Alzheimer, o Parkinson também pode surgir em pessoas na faixa etária entre 40 e 50 anos. O quadro clínico é parecido, mas em pacientes jovens a doença tende a se desenvolver com maior rapidez.

“O diagnóstico é totalmente clínico e o especialista realiza os exames físicos para analisar os sinais. Tomografia e ressonância ajudam a descartar outras doenças. Se todos os exames neurológicos estiverem normais e o físico apresentar alterações, o paciente é diagnosticado com a doença de Parkinson”, explica Lopes. 

O supervisor de manutenção, Fabio Melo, 47 anos, começou a notar os sinais em 2001. Tremores e restrições de movimento impuseram limitações na realização de tarefas simples do dia a dia. “Eu não queria perder a minha autonomia, mas confesso que não consigo segurar um copo com tanta firmeza. Os sintomas da doença oscilam bastante. Tem dias que estou bem, em outros apresento muitos tremores. Apesar de ser difícil lidar com o Parkinson, hoje eu tento viver a minha vida da melhor forma possível”, conta Fábio.

Tratamento - Com uso de medicação adequada e técnicas de reabilitação, é possível controlar os sintomas e retardar o progresso da Doença de Parkinson. Terapias complementares melhoram a qualidade de vida e garantem independência do paciente por mais tempo. A fisioterapia ajuda a conservar a força e a flexibilidade dos músculos, melhora a mobilidade e alivia eventuais dores no corpo. A prática de natação, ciclismo ou caminhada também é benéfica.

A dona de casa Gisele Tavares, 52 anos, começou a sentir os sintomas do Parkinson em 2013. Consultou sem sucesso onze neurologistas, antes de ser diagnosticada pelo especialista do HOL.  Após a confirmação, iniciou o tratamento de forma imediata e, há três anos, é acompanhada clinicamente pelo dr.  Bruno Lopes.

"Desde o meu diagnóstico a minha vida mudou. Em 2018, eu comecei a dançar no projeto Baila Parkinson, indicada pelo meu médico. Desenvolvi a voz para o canto e também comecei a compor. Esses hobbies aprimoraram a minha vontade de viver. O Parkinson não é o fim, apesar da doença ainda não ter cura, eu acredito”,  conclui Gisele, que aderiu às redes sociais para mostrar a luta contra a doença e motivar outros parkinsonianos a levar a vida com mais leveza.

*Texto de Viviane Nogueira (Ascom Hospital Ophir Loyola)