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Palhaços levam alegria a pacientes do Ophir Loyola, em Belém

Integrantes da Trupe Ver-o-Riso quebraram a rotina no hospital, levando bom humor e resgatando o lúdico entre os usuários

Por Leila Cruz (HOL)
09/04/2022 15h37

Palhaças Gertrudes e Melancia interagem com os pacientes, levando alegria aos leitos no Hospital Ophir LoyolaPacientes internados no hospital Ophir Loyola receberam visitas especiais neste sábado (09): as palhaças Gertrudes e Melancia estiveram na casa de saúde para trazer alegria e amenizar a ansiedade e o estresse causados pelo processo de hospitalização. As duas integram a Trupe Ver-o-Riso, que com irreverência e bom humor se empenha para modificar ambientes e resgatar a ludicidade e a esperança de pessoas em vulnerabilidade social.

A quebra da rotina ameniza a passagem do paciente pelo hospital. As enfermarias se transformam, as preocupações e as dores emocionais são temporariamente esquecidas e dão lugar à alegria. Sobre isso, a terapeuta ocupacional Márcia Nunes explica que o sorriso gera sensações agradáveis nos pacientes e contribui para amenizar situações adversas geradas pelo adoecimento.

Jaiane Silva dá vida à palhaça Melancia“Quando sorriem, eles liberam a endorfina e a serotonina, substâncias conhecidas por serem hormônios da felicidade. O corpo fica mais relaxado e livre de tensões, o que contribui para que tenham uma outra percepção da internação e enfrentem melhor as dificuldades. E nada melhor do que trazer a alegria intrínseca da palhaçaria para provocar a interação entre eles durante instantes de bem-estar coletivo”, explica Nunes.

A descontração através de brincadeiras, música e dança foi bem recebida pelos pacientes. O auxiliar operacional Daniel Heleno, 23 anos, é um deles. Internado desde o dia 30 de março, faz tratamento contra a leucemia e desenha para se entreter. “Essas visitas nos distraem e trazem um alento em meio à dificuldade. Às vezes até esquecemos que estamos passando por um momento delicado”, disse.

A fisioterapeuta Ana Paula Sales e a museóloga Jaiane Silva interpretam Gertrudes e Melancia, nessa ordem, respectivamente. Elas contam que a Trupe Ver-o-Riso reúne cerca de 20 membros com um propósito: resgatar a alegria de viver.  

“Eu sempre tive interesse no voluntariado e me senti à vontade na palhaçaria. Ao longo dos anos meu objetivo principal mudou, deixou de ser algo para mim e passou ser algo para o outro. Quando me visto da personagem, não faço julgamentos, foco em distribuir e receber afeto, ter empatia com quem tanto necessita”.

“O grupo surgiu para proporcionar um momento em que as pessoas vulneráveis possam se tornar protagonistas daquele espaço em que estão inseridas. Aqui, no hospital, buscamos fazer com que aceitem melhor as intervenções terapêuticas necessárias à recuperação da saúde. Levamos carinho e amor com o objetivo de resgatar a alegria e a esperança através da arte. O nosso desejo é mostrar para eles que, sim, tudo pode ser melhor”, conclui Ana Paula.