Seap e Defensoria levam assistência e cidadania para internos do sistema penitenciário, em Capanema
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE) realizaram, durante toda esta quarta-feira (06), mais uma ação conjunta de oferta de assistência jurídica, atendimentos em saúde e emissão de documentos para os mais de 100 internos do Centro de Recuperação Regional de Capanema, no nordeste paraense. Ao todo, foram realizados 117 atendimentos jurídicos; 90 atendimentos do Balcão de Direitos (emissão de documentos e fotografias); 111 triagens de saúde; 444 testes rápidos (HIV, sífilis e hepatites B e C) e 30 atendimentos médicos. Mais de 50 servidores dos dois órgãos estiveram envolvidos na ação.
O titular da Seap, Samuelson Igaki, destacou uma série de avanços que a Secretaria vem implementando no sistema penitenciário paraense desde o início da atual gestão, não apenas com relação à custódia, mas também à ressocialização das pessoas privadas de liberdade. “A Seap vem quebrando inúmeros paradigmas para garantir os direitos das pessoas privadas de liberdade. Essa parceria com a Defensoria Pública, sem dúvida, tem todos os ingredientes para avançarmos ainda mais com as ações de garantia de direitos e de cidadania”, pontuou.
A mesma visão tem o Defensor Público Geral do Estado, João Paulo Ledo, que ressaltou o trabalho da Defensoria Pública dentro das casas penais do Estado por meio de programas como o “Cidadania no Cárcere” e o “Balcão de Direitos”. “Nosso objetivo é atender todas as unidades prisionais e custodiados do Estado. A Defensoria enxerga pessoas e direitos. Essa é a nossa missão: levar cidadania, atenção e o nosso conhecimento para ajudar a todos. O que nós queremos é que esse projeto do Estado do Pará seja um exemplo para as Defensorias Públicas do Brasil inteiro”, frisou.
Para o interno S. S., de 46 anos, ações como essa trazem ainda mais incentivo para quem pretende buscar uma nova vida fora do cárcere. Custodiado há seis anos no Centro Regional de Recuperação de Capanema, hoje ele atua como tutor de outros internos, ensinando-os a ler e escrever. “É muito bom ver a preocupação dos órgãos do Estado com a gente. Porque, sem dúvida, essas ações também contribuem para o nosso processo de ressocialização, assim como a educação e o trabalho, oportunidades que nos são dadas aqui dentro e que vão nos ajudar a encontrar um novo caminho fora daqui”, destacou ele, que já concluiu o Ensino Médio e já pensa em buscar uma vaga no ensino superior.