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Governo do Pará avança com políticas públicas para pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo

No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, Estado destaca investimentos em projetos que garantem saúde e acesso à cidadania

Por Governo do Pará (SECOM)
02/04/2022 06h00

TEAlentos abre espaço para a valorização das habilidades artísticas de pessoas com Transtorno do Espectro do AutismoO atendimento especializado melhorou a vida de todos na casa da Luciene Veiga da Silva, mãe de Gabriel, 13 anos, e Miguel, 09 anos, diagnosticados com autismo. A família já passou por momentos muito difíceis para manter a saúde dos meninos, o que exige vários cuidados, por isso a importância de receber o tratamento correto e na hora certa.

Neste sábado, 02 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a mãe ressalta a importância dos avanços nos serviços disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O Governo do Pará é responsável por muitos desses avanços, ao implantar políticas públicas específicas para esse segmento social, não só para oferecer atendimento em saúde, mas principalmente acesso à cidadania.

“A minha preocupação sempre foi como lidar, como melhorar a qualidade de vida deles. O Gabriel, por exemplo, está entrando na adolescência. Hoje, eu estou muito feliz porque agora vão abrir mais vagas para mais crianças”, conta Luciene.

Atendimento especializado - Ela se refere à retomada das obras do Centro Especializado em Atendimento do Autismo (Cetea), no bairro Batista Campos, em Belém, anunciado pelo governo do Estado. O prédio terá capacidade para atender mais de 150 usuários, de 02 a 59 anos, com TEA, além de servir como laboratório de formação profissional. O investimento é de R$ 3,3 milhões do Tesouro estadual.Espaço de atendimento de pessoas com autismo no Centro de Inclusão e Reabilitação

A ampliação do Cetea – iniciativa do Governo do Pará em funcionamento desde 2020 - marca a abertura de um espaço de serviços em saúde baseado nas melhores evidências científicas para tratamento do autismo e capacitação técnica.

Nayara Barbalho coordena as políticas públicasA nova estrutura vai contar com laboratório de formação, auditório, biblioteca, sala de aula, recursos de multimídia e salas-espelho, com sistema de escuta para os espaços de atendimento.

“Desde maio de 2020, o Estado implementou uma política pública transversal, que garante atendimentos em diversas áreas para pessoas com autismo. Dentro da rede de assistência, nós trabalhamos a capacitação, o monitoramento e a abertura de novas vagas. Dentro do Cetea, que passou por um processo de ampliação do projeto, nós temos, na ponta da assistência, os Núcleos Especializados em Transtorno do Espectro Autista (Nateas). Então, neste Dia Mundial de Conscientização nós só temos a comemorar todas as conquistas alcançadas nos últimos anos”, reforça Nayara Barbalho, coordenadora de Políticas para o Autismo do Pará.

O Natea de Belém foi entregue com 300 novas vagas. Outros núcleos estão em processo de implantação em policlínicas estaduais nos municípios de Tucuruí e Marabá, na região Sudeste; Capanema, no Nordeste; Santarém e Altamira, no Oeste, e Breves, no Arquipélago do Marajó.Secretário de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho (c) no lançamento do Nortea, que trabalha a inserção no mercado de trabalho

Mercado de trabalho - O Programa Nortea Pará, lançado em 17 de março, tem o objetivo de apoiar a inserção de jovens e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no mercado de trabalho. Desenvolvido pela Coordenação de Políticas para o Autismo (Cepa), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-Pará), o programa inicialmente consiste na formação de 60 servidores públicos, entre profissionais de Recursos Humanos, gestores e técnicos, para serem replicadores da inclusão do público com TEA.

O Projeto “Espaços inclusivos” visa melhorar o ambiente físico, com mobiliário e equipamentos, de instituições, e assim oferecer um serviço com mais qualidade ao público autista.

O "Caixa TEA" é outro projeto da Cepa que vai ofertar recursos terapêuticos para auxiliar no processo de avaliação e intervenção da pessoa com autismo, e que serão distribuídos para serviços da Rede de Atenção à Saúde. As ações envolvem o brincar funcional, a intervenção precoce, o processo reabilitatório e a efetiva intervenção terapêutica para pessoas com TEA. O Protocolo Estadual TEA e o Rede Conectea Pará também integram o projeto.Carteiras de identificação: mais um passo importante na garantia de direitos para quase 5 mil paraenses

Cidadania – O governo do Estado promove ainda estratégias de acesso à cidadania, como o Festival TEAlentos, que divulga as habilidades artísticas de pessoas com autismo, e a emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo (Ciptea).

O documento é fornecido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Em menos de um ano de implantação, já foram emitidas quase 5 mil carteiras, após o cadastramento do usuário. É preciso informar, por exemplo, faixa etária, meio de transporte utilizado, renda familiar, serviços utilizados e município onde reside.

Texto: Denise Soares - Secom