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Alunos da rede pública conquistam vaga para etapa nacional do Torneio Sesi de Robótica

A seletiva regional "First Lego" teve a participação de estudantes de escolas pública estaduais do Amapá, Pará e Roraima

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
23/03/2022 18h31

A equipe Pavulagem representou na etapa regional do torneio a rede pública estadual de ensino do ParáAlunos de três escolas da rede pública estadual de ensino participaram na terça e quarta-feira (22 e 23) da Etapa Regional do Torneio Sesi de Robótica First Lego, realizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi). O evento é considerado a maior competição de robótica educacional do Brasil, e tem o objetivo de incentivar crianças e jovens a desenvolver conhecimentos nessa área da ciência.

A disputa deste ano reuniu mais de 160 estudantes, divididos em 33 equipes de escolas públicas e privadas dos estados do Amapá, Pará e Roraima. O First Lego League busca desenvolver projetos ligados ao transporte e à logística. Nesta edição, a temática da competição foi “Cargo Connect”, que desafiou os participantes a pensar sobre o futuro do transporte.O evento desafia a criatividade dos estudantes e incentiva a tecnologia

De acordo com a secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga, é muito importante a participação dos alunos em iniciativas como esta por ser um incentivo à tecnologia, aliada ao processo de ensino-aprendizagem. “Este é um estímulo à criatividade dos nossos estudantes e um momento muito especial. A gente torce para que, de fato, possamos ter um trabalho efetivo e levar, cada vez mais, este projeto para todas as escolas da rede pública estadual”, enfatizou.

A titular da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) destacou, ainda, que outros alunos da rede pública estadual já participaram de competições nacionais e internacionais, e vêm evoluindo muito na área da robótica, e esse conhecimento é importante como complementação de atividades pedagógicas.

Projetos - Cada grupo desenvolveu um robô destinado a projetos para os setores de transporte e logística. O time “Conexão MB”, com oito alunos da Escola Estadual Magalhães Barata, elaborou um projeto para auxiliar embarcações durante a navegação pelos rios da Amazônia. O projeto consiste em um sensor instalado na parte interna do navio para identificar se há algum obstáculo pelo caminho, a fim de evitar colisões. 

A equipe “Pavulagem”, composta por cinco alunos das escolas estaduais Albanízia de Oliveira Lima e Jarbas Passarinho, criou um scanner 3D com capacidade para reconhecer interiores de veículos e embarcações, e assim otimizar o espaço durante o transporte de cargas.

Premiações - A disputa das três vagas para a Etapa Nacional foi acirrada. Neste ano, a coordenação ofereceu mais duas oportunidades, e a equipe “Pavulagem” foi selecionada para representar a educação pública do Pará em São Paulo (SP).

Professor Rafael Herdy: robótica impulsiona todas as disciplinasDurante o evento, o professor Rafael Herdy, do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Belém, ganhou o prêmio “Técnico Destaque”, por ter sido o dirigente responsável pela equipe “Pavulagem”. A disputa foi uma seletiva para o Festival Sesi de Robótica, que vai ocorrer nos dias 27, 28 e 29 de maio durante a Bienal de São Paulo.

“A robótica vem para impulsionar e facilitar o ensino não só da matemática, mas de todas as disciplinas. O projeto desenvolve inúmeras habilidades dos alunos, principalmente, ligadas aos cálculos e à lógica. Quando o estudante programa um robô não está simplesmente fazendo ele se movimentar; está trabalhando com ângulos e graus, e existem diversos cálculos matemáticos que são feitos durante a programação para que o robô possa desempenhar uma boa missão. Tudo isso é muito mais fácil de ser trabalhado com o aluno de forma prática na robótica, do que apenas em sala de aula, da maneira tradicional”, ressaltou o professor Rafael Herdy.Jéssica Azevedo, da Escola Estadual Magalhães Barata

Oportunidade - Para a estudante Jéssica Azevedo, da Escola Estadual Magalhães Barata, é gratificante participar do torneio. Segundo ela, foi um trabalho difícil, desenvolvido em dois meses, mas que representou uma grande oportunidade para conhecer outros projetos, que vão acrescentar ainda mais conhecimento a sua trajetória escolar.

“É uma satisfação estar aqui. A gente consegue perceber que nosso esforço valeu a pena. Foi um trabalho muito árduo de pesquisa. Estamos felizes pela oportunidade de estar participando. Tem sido uma experiência nova, já que conhecemos outros projetos, e isso também vai colaborar bastante com o nosso futuro”, ressaltou.

Emilly Trindade, aluna da Escola Albanízia de Oliveira LimaAluna da Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, Emilly Trindade disse que está orgulhosa em participar da competição. “Me sinto muito lisonjeada, porque é uma oportunidade única estar aqui. Eu e minha equipe somos de escolas públicas, e só o fato de estarmos aqui já é uma grande vitória. O nosso projeto é um scanner que faz o mapeamento das cargas, sejam elas em caminhões, navios ou contêineres. Após o levantamento, as informações são enviadas para um aplicativo que pega esses dados e determina a melhor localização para se colocar o carregamento”, explicou a estudante. (Colaboração de Marx Vasconcelos - Ascom/Seduc).