Governo do Pará lança Projeto 'Reforço Escolar' para combater déficit no ensino básico
O projeto amplia de quatro para sete horas o período de aulas na programação da TV Cultura, de segunda a sexta-feira, para beneficiar cerca de 500 mil alunos
Governador Helder Barbalho no lançamento de mais um projeto inovador na área da educação públicaO Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e da TV Cultura do Pará, lançou nesta terça-feira (22) o Projeto "Reforço Escolar", que integra a política de valorização da educação pública estadual. A iniciativa faz parte do Programa "Todos juntos pela Educação", ampliando de quatro para sete horas o período de aulas na programação da TV Cultura, de segunda a sexta-feira. A expectativa é que o projeto beneficie cerca de 500 mil alunos. O governador Helder Barbalho lançou a iniciativa inédita diante da comunidade escolar e de outras autoridades.
“É uma grande mobilização e movimento do governo. Mas é fundamental que nós possamos reforçar o ensino médio, através das aulas presenciais, mas também com reforço escolar. Que nós possamos garantir que as nossas crianças, os nossos jovens alunos, possam ter o conteúdo pedagógico adequado, para que tenha sucesso na sua vida educacional. Serão sete horas de aulas diariamente, em TV aberta, associada a outros canais de comunicação, para que os 144 municípios possam ofertar esse reforço escolar em favor da formação dos alunos do Pará”, enfatizou o chefe do Executivo.
O sinal da TV Cultura chega a 108 municípios, mas o governador esclareceu como o “Reforço Escolar” beneficiará todos os municípios. “Nós iremos trabalhar com outras duas ferramentas. Onde não há TV aberta, tem o sinal da antena parabólica. Mas não vamos ficar por aí. Eu não posso cercear o aluno de uma cidade que não tem o sinal da TV Cultura. Por isso, com o prazo de duas semanas, o Estado estará contratando outras TVs abertas que vão suprir a programação educativa”, explicou o governador.
A ampliação de horário vai permitir reforçar os conhecimentos de português e matemática, trabalhando o aprendizado nas matérias básicas. Serão sete horas diárias de aulas produzidas pelo Sistema Educacional Interativo (SEI), vinculado à Seduc.
Secretária Elieth de Fátima Braga: conteúdo respeita as peculiaridades dos alunosRendimento - O conteúdo será personalizado, levando em consideração as peculiaridades dos alunos paraenses, e complementando as aulas presenciais, destacou a secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga. “O projeto vem complementar tudo aquilo que já foi feito durante a pandemia, reforçando as atividades escolares. Nós trabalhamos para que esse aluno possa receber reforço, no sentido de que a escola possa ter esse suporte. É uma gama de serviços ofertados para que o nosso aluno, sem dúvida nenhuma, possa ter esse reforço e melhor rendimento”, reiterou a titular da Seduc.Hilbert Nascimento, presidente da Funtelpa
Hilbert Nascimento, presidente da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), reforçou a importância da parceria com a Secretaria de Educação. "Estamos expandindo essa parceria com a Seduc, que nasceu em função da necessidade da pandemia. Junto com a Seduc, a possibilidade de proporcionar ao aluno a continuidade do conteúdo programático que foi interrompido em função da pandemia. Com o ‘Reforço Escolar’ teremos a ampliação deste conteúdo. É fundamental que a TV pública, educativa, destine parte da sua grade de programação a um conteúdo educacional. É o nosso dever, também, formar a nossa população educacional”, completou o presidente da Fundação.
Diego Maia, coordenador do Polo Metropolitano Pré-EnemEducação básica - O coordenador do Polo Metropolitano Pré-Enem, Diego Maia, explicou que a maioria dos alunos da rede apresenta dificuldades em português e matemática, um cenário que está sendo corrigido pela atual gestão com o lançamento do projeto.
“Essas matérias são de extrema importância não só para a vida acadêmica, mas também para o vestibular. A linguagem, por exemplo, é decisiva na hora da aprovação. Geralmente, quando o aluno chega ao ensino médio, a base do fundamental apresenta déficit. Então, rever alguns conteúdos do ensino fundamental trará grande ajuda ao ensino médio e superior”, acrescentou.