Formação de agentes ambientais fomenta práticas sustentáveis no bairro do Jurunas
Integrar toda a sociedade no esforço de proteger o meio ambiente é o principal objetivo da ação, que faz parte do o Programa Territórios pela Paz
TerPaz também promove ações de conscientização ambientalA busca de práticas sustentáveis para proteção do meio ambiente, direcionadas à melhoria da vida dos moradores, está entre as finalidades da Formação de Agentes Ambientais realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) no bairro do Jurunas, em Belém, a partir desta terça-feira (22) até a próxima sexta-feira (25). A ação faz parte do Programa Territórios pela Paz (TerPaz), do governo do Estado, e ocorre na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Placídia Cardoso, sob a responsabilidade de técnicos da Coordenadoria de Educação Ambiental (Ceam) da Semas, das áreas de geografia, pedagogia, sociologia e engenharias florestal e ambiental.
O TerPaz desenvolve atividades sociais de segurança e cidadania em sete territórios na Região Metropolitana de Belém (RMB). Além do Jurunas, os territórios estão presentes na Terra Firme, Guamá, Bengui e Cabanagem (Belém), Icuí-Guajará (Ananindeua) e Nova União (Marituba).O estudante Thássyo Pereira: cada um faz a sua parte
Durante a semana, os participantes serão estimulados a identificar os principais problemas ambientais locais. Também haverá apresentação da legislação sobre educação ambiental e metodologias de planos de ação para enfrentar questões que impactam o meio ambiente, como o descarte inadequado do lixo nas ruas e feiras, e o atendimento aos horários de coleta dos resíduos produzidos pelos moradores, poluição sonora, alagamentos e demais transtornos. Ações socioambientais dos agentes, para que sejam multiplicadores na comunidade, também estão entre os objetivos da formação ambiental.
O geógrafo Lucivaldo Maia, da Ceam, orientou sobre coleta seletiva e reciclagem. “A educação ambiental crítica, com princípios libertadores de ações, tem a ideia de, por exemplo, evitar o consumo exacerbado, desnecessário, que resulta em produção maior de resíduos, como os eletrônicos. A política pública deve chegar à comunidade de forma permanente, com educação não apenas escolar, mas também comunitária, e movimentos de contestação para busca de soluções aos problemas existentes. Tudo isso é fundamental ao desenvolvimento sustentável e à justiça social”, destacou.Liviane Moreira destaca importância da coleta seletiva
Conscientização - A moradora do bairro, Liviane Moreira, graduada em Serviço Social, falou da necessidade da coleta seletiva. “Precisamos da coleta do plástico, do vidro, para termos um ambiente melhor. Mas não podemos ficar cobrando só do poder público. Temos que ter consciência e fazer nossa parte acondicionando o lixo de maneira correta, e levar pra rua só nos horários marcados para passar o carro coletor”, disse Liviane.
Thássyo Pereira, nascido no bairro do Jurunas, acredita que deve haver sensibilização dos moradores para os danos ambientais. “Temos que obedecer ao horário do carro do lixo, para evitar entupimentos e não piorar o escoamento. É necessário que cada um faça a sua parte, e estamos aqui para isso. Buscar mais conhecimento e sermos multiplicadores”, reiterou o estudante.