Canais oficiais de comunicação do Estado são retomados com fim do período eleitoral
Os atos e ações do Governo do Estado voltam a ser divulgados nos canais de comunicação oficiais, sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), a partir desta segunda-feira (29), após quase quatro meses de suspensão. Sites oficiais e redes sociais estavam suspensos em respeito à legislação eleitoral (Lei 9.504/ 1997, Lei 13.303/ 2016, Resoluções Tribunal Superior Eleitoral – Eleições 2018).
Segundo o Procurador Geral do Estado, Ophir Cavalcante Júnior, a administração pode ser conduzida com menos amarras, de agora em diante. Mas isso “não significa que os gestores poderão fazer tudo; por exemplo, nomear servidores concursados este ano, nem aumentar as despesas, para não gerar problemas para o futuro governo”, alerta.
As restrições à difusão das ações do governo foram entendidas como contingências legais primordiais ao processo eleitoral, embora tenham criado dificuldades à comunicação dos órgãos públicos. “O governo não teve no passado um cenário tão conflagrado no campo da comunicação, como agora, sendo impedido de divulgar suas realizações”, avalia o secretário de Estado de Comunicação, Nélio Palheta.
Mesmo com as restrições, fica o aprendizado. “De alguma forma, foi uma experiência proveitosa, que deixa para a Secom algumas lições e referências, destacando-se um ponto de atenção fundamental: a imprensa tradicional, há muito vinha dando sinais de que não poderá ser mais o meio primordial; agora, a comunicação pública vai ter que criar novos canais e consolidar os que já utiliza, sobretudo as redes sociais”, acrescenta o secretário.
Internet
Antes das restrições legais, a redes sociais do governo já haviam acumulado uma audiência de mais de um milhão de pessoas, revelando-se como os mais eficientes meios de comunicação do governo com a sociedade. Mas essas redes foram suspensas durante o período eleitoral. “Passamos sete anos estreitando esses laços, criando uma relação de intimidade com o público, e de repente, não impactavam mais essas pessoas”, analisa o diretor de Comunicação Institucional da Secom, Petterson Farias.
Isso dificultou a contraposição às notícias, muitas vezes, não verdadeiras, sobre a gestão. “Ficávamos reféns daquilo que diziam contra o Governo, prejudicando informações relevantes para a população”, avalia. Em tempos de fake news “é preciso ter voz para encerrar esse mandato com o legado do governo”, acrescenta.
“A comunicação tem sido fundamental na questão da transparência, A difusão legal de dados e fatos tem sido importante para a democracia, sendo fundamental para o controle social do governo. E isso é comunicação para além do press release”, acrescenta Nélio Palheta.
Todo o trabalho da comunicação do governo foi retomado nesta segunda-feira, 29, cobrindo-se uma agenda intensa de acontecimentos até o final do ano. Segundo o secretário de Comunicação, há obras relevantes para serem entregues, sobretudo nas áreas da saúde, educação e mobilidade urbana. “Com o fim das restrições eleitorais, teremos mais facilidade para ampliar a difusão da agenda do governo durante os próximos 60 dias”.