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Hospital Ophir Loyola alerta sobre cuidados com a saúde bucal

Pacientes oncológicos contam com atendimento especializado no ambulatório. Orientações sobre hábitos saudáveis fazem parte da rotina de cuidados.

Por Governo do Pará (SECOM)
20/03/2022 08h36

Proposto pela Federação Dentária Internacional (FDI), o Dia Mundial da Saúde Bucal promove campanhas para estimular o cuidado com a higiene e acende o alerta para doenças na cavidade oral. Celebrada neste domingo (20), a data destaca ações de incentivo à adoção de hábitos saudáveis e reforça que um sorriso sadio resulta no bem-estar social, emocional, mental e físico.

Nessa conjuntura, o Hospital Ophir Loyola (HOL), que também presta assistência odontológica aos usuários, destaca a importância de prevenir e tratar doenças bucais. “Quando os pacientes chegam ao Hospital pela primeira vez, eles são acolhidos e direcionados para o Setor de Odontologia. Contamos com profissionais da endodontia, periodontia, dentística e cirurgiões que trabalham com restaurações e fazem os acompanhamentos”, explica a chefe da Divisão de Odontologia, Gyselle Oliveira.Pacientes em tratamento de câncer são acompanhados pelos profissionais de Odontologia

Além dessas especialidades odontológicas, o setor conta com profissionais habilitados em laserterapia. A técnica previne e auxilia no tratamento de lesões advindas da quimioterapia. As mucosites são as manifestações mais incidentes, e o processo inflamatório é tratado com o auxílio de laser de baixa intensidade. O alívio da dor e o reparo de feridas cutâneas resgatam sorrisos. "Os pacientes geralmente apresentam mucosite e, muitas vezes, isso os impede de se alimentar. É aí que a laserterapia entra para acelerar a cicatrização e prevenir novas lesões. No método, há dois tipos de luz e, dependendo da localização e do tamanho do ferimento, temos os pontos, as indicações e os protocolos a serem seguidos", informa Gyselle Oliveira.

Prevenção e tratamento - A equipe de odontologia atua na prevenção e tratamento dos efeitos colaterais de procedimentos de combate ao câncer (antineoplásicos). No acompanhamento periódico, cirurgiões-dentistas verificam possíveis alterações na cavidade oral e orientam os pacientes sobre os tratamentos. A higiene e alimentação saudável caminham juntas nesse processo. Fatores como a ingestão de muito açúcar, o não uso de fio dental e a escovação incorreta preocupam especialistas. "O cuidado com a saúde bucal tem de ser constante. Nós não sabemos se teremos alguma enfermidade que dependa previamente de um atendimento odontológico. Então, se a pessoa estiver com a saúde bucal em dia, isso será um fator a menos de preocupação”, afirma a especialista.

Segundo a Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas (Abcd), a troca da escova deve ocorrer, em média, a cada três meses. Escovas desgastadas comprometem a escovação e podem causar lesões. O autoexame periódico para observar manchas, caroços ou alterações na mucosa também é medida de prevenção. "Cuidados simples, como a própria escovação, ajudam a observar alguma coisa diferente. Quando a pessoa começa a cuidar mais da saúde bucal, ela visualiza mais a boca e atenta para qualquer sintoma suspeito. Nesses casos, é preciso sempre procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) e o profissional dentista para avaliar o caso", recomenda.Equipe do Setor de Odontologia atua na prevenção e no tratamento de lesões

Além dos atendimentos no ambulatório, os odontólogos vão até os pacientes nos leitos, para acompanhar os usuários internados. "Todos os pacientes do HOL podem ser atendidos na odontologia. Trabalhamos com o acolhimento humanizado desde a recepção, e seguimos com o acompanhamento até que tenham alta definitiva", acrescenta Gyselle Oliveira.

Direitos - Há sete anos, uma paciente de 62 anos recebeu o diagnóstico de câncer de mama. Encaminhada ao hospital, passou por cirurgia e tratamentos quimio e radioterápicos. Atualmente, ela faz o acompanhamento semestral com o quimioterapeuta, e anualmente retorna ao mastologista. Nesse intervalo, não deixa de lado a saúde bucal. “Ao chegar ao Ophir eu descobri que tinha muitos direitos. Muita gente não sabe, mas aqui os pacientes oncológicos têm dentista e especialistas de várias áreas. Antes de iniciar a quimioterapia, eu lembro que precisei fazer a extração do 'dente do juízo'. Agora, eu continuo fazendo acompanhamento com a minha dentista e com a equipe de bucomaxilo (bucomaxilofacial), que são maravilhosos”, afirma a paciente.

Ela reconhece a importância dessas campanhas informativas, e usa a própria experiência na luta contra o câncer para inspirar outras pessoas. Quando tem oportunidade, a aposentada conversa com mulheres no posto de saúde próximo de onde reside, em Belém. É quando incentiva o hábito do autoexame. “No Ophir eu aprendi muita coisa, e é isso que levo para outras pessoas. Explico sobre a doença, sobre a superação e a luta. Conheço meus limites, mas eu digo que sou uma pessoa de muita sorte por estar viva, por ter uma família que sempre me apoiou, e por contar com profissionais que se importam. O paciente com câncer precisa se sentir amado, cuidado, e aqui no hospital e em casa, com a minha família, eu me sinto assim”, garante.

Mau hálito, cáries, tártaro e gengivite são alguns dos problemas bucais derivados do crescimento de placas de bactérias que colonizam a cavidade bucal. Hábitos simples, como atentar para a higiene da língua e evitar o fumo e a ingestão de bebidas alcoólicas, também contribuem para a saúde bucal. O tratamento bucal integra o atendimento aos pacientes do Hospital Ophir Loyola

Câncer de boca - A Unidade Básica de Saúde (UBS) é a principal porta de entrada ao Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com Ministério da Saúde, as unidades que contam com serviços odontológicos oferecem limpezas, extrações, restaurações e exames bucais para detecção de inúmeras doenças, como o câncer. A distribuição do serviço varia de cidade para cidade.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de boca é um tumor que pode afetar os lábios ou qualquer parte da cavidade oral. Este tipo de neoplasia é responsável por cerca de 6 mil mortes anuais no Brasil, pois costuma ser diagnosticada em estágio avançado, o que dificulta o tratamento efetivo e diminui as chances de cura. Por isso, é importante atentar para lesões que não cicatrizam, por exemplo. Suspeitas devem ser abordadas em consulta com um médico ou dentista.

Texto: Ellyson Ramos – Ascom/Hospital Ophir Loyola