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Transplantado promove campanha para estimular o cadastro de medula e doação de sangue

No total, foram feitos 45 novos cadastros para futuros doadores de medula óssea no hemocentro de Redenção

Por Anna Cristina Campos (HEMOPA)
25/02/2022 12h23

Aos 28 anos, o advogado Marcelo Mendanha descobriu que estava com leucemia. Começou o tratamento imediatamente com os procedimentos quimioterápicos, porém, foi surpreendido com um pneumotórax logo no início do processo. Com o pulmão perfurado, teve que ficar uma semana na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). E essa é a realidade de muitos pacientes com doenças do sangue. Tratamentos invasivos, transfusões sanguíneas, infecções, uma batalha a cada dia para enfrentar e superar as dificuldades.

Durante esse tempo, a família do Marcelo se mobilizou para fazer o teste de compatibilidade de medula óssea entre os dois irmãos. Há maior probabilidade entre irmãos consanguíneos, cerca de até 30%.  “Por obra divina, a minha irmã mais nova foi compatível, após exame HLA. Fiz o transplante de medula óssea, no dia 10 de agosto de 2010”, contou. 

“Indescritível a sensação da cura! Só a notícia de saber que tinha condições de lutar pela vida, com a descoberta de doadora compatível já foi o motivo da maior alegria da minha vida! E depois passar pelo procedimento com sucesso, de fato, é o sentimento de gratidão que permanece até hoje: gratidão a Deus, à minha família, amigos e todos os que oraram e lutaram comigo”, disse o advogado.

“A emoção foi o nosso vetor, amparados pelo nosso Criador. Alegria, alegria, alegria e o alento: eu sendo instrumento de Deus para salvar uma das pessoas mais importante da minha vida. No procedimento houve alguns percalços, mas a fé que comandava. Como o Marcelo mesmo diz: 100% de esforço em 1% de chance”, conta Ana Flávia, irmã de Marcelo.

O transplante de medula óssea do Marcelo foi realizado em Goiânia, no Hospital Araújo Jorge. No pós-operatório, ele ainda apresentou uma rejeição com reflexos no fígado e foi necessário tomar imunossupressores por mais três meses até que, enfim, pode retornar às atividades de rotina. 

“Não percam a esperança! Nunca deixem de lutar pela vida. Durante todo o meu tratamento mantive o otimismo, a fé e a total confiança nos meus médicos. Todo o meu tratamento foi tranquilo, e mesmo nos momentos difíceis, tive o suporte necessário para encarar de frente todas as dores. A luta é desgastante, mas ao fim, descobrimos o quão fortes somos, e quão amados somos!”, concluiu Marcelo, deixando uma mensagem para quem ainda espera por uma compatibilidade de medula.

Fevereiro Laranja 

Marcelo Mendanha tatuou na pele a luta contra a leucemia e ainda é um agente multiplicador da causa da doação de sangue e de medula óssea.  No último dia 23, ele mobilizou estudantes do curso de Direito da Faculdade FESAR para uma campanha de cadastro ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea.(Redime), em parceria com o Hemopa Redenção. No total, foram feitos 45 novos cadastros para futuros doadores de medula óssea. 

“Essa ação, no Fevereiro Laranja, foi realizada com o intuito de  conscientizar os alunos, inclusive os calouros. Estamos aqui para ajudar a salvar vidas e levar esperança para quem precisa de um transplante de medula para lutar pela vida", destacou Marcelo, que é o protagonista dessa história de superação.

Silvia Oliveira, farmacêutica bioquímica do Hemopa Redenção, destacou a importância de parcerias como esta. “Os jovens são nossos doadores em potencial. Com ações dentro das faculdades, conseguimos sensibilizar esse público sobre a importância da doação de sangue e medula como responsabilidade social. Cada um de nós somos uma fonte de vida de alguém”, concluiu.