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Sespa promove oficina de avaliação de indicadores de doenças endêmicas no Marajó

Ministério da Saúde define como endemia as enfermidades, geralmente infecciosas, registradas constantemente em uma região por influência de causa local

Por Roberta Vilanova (SESPA)
23/02/2022 15h33

Os participantes da oficina promovida pela Sespa para avaliação dos Indicadores de Endemias do 7º Centro Regional de Saúde (CRS)Nesta quarta-feira (23), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) promoveu a Oficina de Avaliação dos Indicadores de Endemias do 7º Centro Regional de Saúde (CRS). O encontro de técnicos e diretores da região é de fundamental importância para, por meio de análise dos indicadores de casos de doenças endêmicas, estruturar estratégias à prevenção e tratamento da população. O Ministério da Saúde define como endemia as enfermidades, geralmente infecciosas, registradas constantemente em um país ou região por influência de causa local. 

O 7º Centro Regional de Saúde do Pará abrange nove municípios da Ilha do Marajó: Afuá, Chaves, Cachoeira do Arari, Muaná, Ponta de Pedras, Santa Cruz do Arari, Soure, Salvaterra e São Sebastião da Boa Vista. Na região, algumas das principais doenças endêmicas que preocupam o sistema de saúde são a malária, dengue, leishmaniose, doença de Chagas e a raiva humana. 

O centro do debate promovido pela Sespa foi a permanência de atenção às patologias endêmicas que seguem afligindo os paraenses em tempos de pandemia da covid-19. A diretora do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, Adriana Tapajós, salientou a importância do controle das doenças.

A diretora do Dep. de Controle de Endemias, Adriana Tapajós“Sabemos da dificuldade que a covid-19 trouxe para nós, da área da saúde, mas os vetores das doenças endêmicas não deram e continuarão não dando trégua para a população, precisamos manter os municípios atentos a essas enfermidades”, destacou Adriana Tapajós.

“Já conseguimos notar que o índice de subnotificação diminuiu bastante do início da pandemia até hoje, vamos continuar com nossos esforços junto aos municípios para que a situação não se agrave”, garantiu a diretora.

Se não bastasse o desafio imposto pela pandemia, a Oficina abordou a necessidade de adequação do sistema de saúde da região às características específicas de cada município. Valdinei Júnior, diretor do 7º CRS falou sobre algumas das questões enfrentadas pelos municípios em 2021.O diretor do 7º CRS, Valdinei Júnior

“Tivemos números elevados de malária, em Afuá e Chaves, que não vimos em outras cidades, apesar das dificuldades geográficas e tecnológicas, conseguimos compreender a situação ocorrida e rapidamente tomamos medidas para prevenção, diagnóstico e tratamento e os índices melhoraram logo. Temos grande expectativa de que esse encontro resulte em ações ainda mais eficientes para que 2022 seja melhor que o ano passado”, disse o diretor Valdinei Júnior.

*Texto de Edilson Teixeira (Sespa)