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Editora da Ioepa vai lançar relatório final da Comissão da Verdade no final de março

Também será lançado um site com textos diversos, artigos, depoimentos, gravações e vídeos de sobreviventes de conflitos e torturados no Pará

Por Governo do Pará (SECOM)
17/02/2022 17h50

A Imprensa Oficial do Estado (Ioepa) deve entregar, até o final de março, a edição impressa do relatório final da Comissão da Verdade do Estado do Pará (CEV). O lançamento oficial do relatório, que levará o selo da Editora Pública Dalcídio Jurandir, da Ioepa, foi marcado para 31 de março, durante reunião presidida pelo deputado estadual Carlos Bordalo (PT), na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), na última quarta-feira (16).

Os participantes da reunião viram como o material será editado, em apresentação on-line feita pelos organizadores, o jornalista Ismael Machado e Marcelo Zelic. Houve ainda participação da jornalista Angelina dos Anjos, secretária executiva da CEV, responsável pela coleta de materiais, incluindo textos e depoimentos dispersos; do presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH/PA), advogado Marcos Apolo, e do deputado Carlos Bordalo, responsável pelo acompanhamento do trabalho.Membros da Comissão da Verdade do Estado do Pará

O advogado Marcos Apolo adiantou que no dia da entrega do relatório final será lançado um site. "O relatório terá uma versão digital, de fácil acesso, contendo além de textos diversos, artigos, depoimentos, gravações e vídeos de sobreviventes de conflitos e torturados no Pará, que será administrado pela SPDDH-PA.

Compromisso - Moisés Alves, representante da Ioepa na reunião, garantiu a impressão do material, editorado e publicado em três tomos, no prazo hábil para o lançamento. “Por se tratar de uma publicação importante, também garantimos o compromisso de lançar a edição na próxima Feira do Livro , que será realizada no final de maio deste ano”, informou.

Segundo Carlos Bordalo, "ao lembrar, relatar, testemunhar, colocamos nossas vozes e corpos em prol de um estado democrático verdadeiro. Resistimos aos ataques ao republicanismo, à tentação autoritária, ao desmonte de conquistas sociais e políticas do povo brasileiro", ressaltou, acrescentando que o "relatório não é um ponto final, mas um ponto de partida; um pequeno farol para iluminar as travessias, não só de pesquisadores e estudantes, mas de toda a sociedade paraense".

Lançada em 1º de setembro de 2014, a Comissão da Verdade no Pará investigou casos de tortura, mortes, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres, envolvendo paraenses ou pessoas que moravam no Estado no período da ditadura militar. Os trabalhos da Comissão funcionaram até 2016, com prorrogação até 2018. Com os contratempos para a compilação do material e a morte do ex-vereador Paulo Fonteles Filho, a pandemia e o falecimento do presidente da comissão, advogado Egídio Sales Filho, em 2019, a publicação será lançada somente neste ano.Deputado Carlos Bordalo (e) e o presidente da Ioepa, Jorge Panzera, acertaram a publicação do relatório

Parceria - Em março de 2021, o deputado Carlos Bordalo e o presidente da Ioepa, Jorge Panzera, se reuniram para acertar os detalhes da parceria entre Ioepa e Alepa para publicação do material pela Editora Pública Dalcídio Jurandir. “O trabalho da comissão foi desenvolvido por técnicos e pessoas comprometidas em levantar o que ocorreu no período da ditadura em nosso Estado, e como as forças de segurança pública paraenses se envolveram nesse processo”, relatou Jorge Panzera, adiantando que o título também será uma homenagem a Paulo Fonteles Filho.

“Esse documento é importante para tratar a história recente de nosso Estado e pensar o olhar sobre o que estamos vivendo hoje, e o que virá no futuro; para que o que aconteceu na ditadura militar não volte a acontecer no Brasil. Paulinho Fonteles foi uma pessoa importante nesse processo de construção do relatório no Pará”, frisou Jorge Panzera.

Texto: Ascom/Ioepa, com informações de Carlos Boução (Alepa)