Emater avança em mais de 50% na emissão do Cadastro Ambiental Rural (CAR)
Em 2020, mesmo cumprindo com rigor os protocolos da pandemia causada pelo novo coronavírus, os técnicos da Emater emitiram 4.738 documentos
Trabalhadores rurais em reunião com a Emater A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) avançou em 55, 89%, na emissão de Cadastro Ambiental Rural (CAR) em todo o estado com relação ao ano de 2020. No ano passado, o órgão oficial de ATER do governo estadual foi o responsável por 7.386 cadastros elaborados. O CAR é um registro eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais do País, visando a integrar as informações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente, das áreas de Reserva Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa. Em 2020, ano do início da pandemia da covid-19, causada pelo novo coronavírus, com todo o protocolo de prevenção, os técnicos da Emater emitiram 4.738 documentos.
"Isso demonstra o empenho e a dedicação das equipes técnicas da Emater e também o valor das parcerias. No próximo dia 18, em Altamira, na região do Xingu, o governo estadual fará a entrega de mil cadastros ambientais rurais validados, fruto do trabalho conjunto entre a Emater e a Semas (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade) em benefício dos produtores familiares rurais do município", afirmou Rosival Possidônio, presidente da Emater do Pará.
Outro ponto ressaltado pelo gestor é que a emissão do documento pela Emater é gratuita, o que beneficia as famílias agricultoras rurais que têm um gasto a menos, representando uma economia significativa e que pode ser investida em atividade produtiva.
“A produção de CAR volta a se intensificar no estado, e vale ressaltar que, em 10 anos, a Emater elaborou 53 mil cadastros, o que mostra a importância desse serviço prestado. Também é válido destacar que, mesmo diante da pandemia, os técnicos continuaram a auxiliar os agricultores familiares para a emissão desse documento que é fundamental para que o produtor mantenha seu trabalho”, disse o geógrafo Jamerson Viana, coordenador do Núcleo de Geotecnologia, Diagnóstico e Rastreabilidade, da Emater.
O município com maior quantitativo de CAR emitido foi São Félix do Xingu, na região de integração do Araguaia, com 687 Cadastros; seguido de Medicilândia, na região de integração do Xingu, com 673 documentos emitidos.
Natural de Goiás, no centro-oeste brasileiro, Aparecido Paulo Cardoso, 45 anos, chegou ao Pará em 2002, se fixando em São Félix do Xingu, onde desde então se dedica à bovinocultura de leite e de corte, em sua propriedade a 115 km da sede do município, e contou com o CAR elaborado pelo escritório local da Emater.
“Esse documento é importante porque indica que somos os donos da terra, e ainda é necessário, por exemplo, junto à Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado)”, pontuou o produtor, que já tem como perspectiva para este ano, iniciar o trabalho com a cadeia do cacau, com a assistência da Emater.
De acordo com Jamerson Viana, a Emater também está avançando no que se refere a elaboração dos Projetos de Recomposição de Áreas Alteradas e Degradadas (Prada), que é o instrumento em que o proprietário ou possuidor de imóvel rural mostra o que vai fazer para adequar seu imóvel ao Código Florestal.
“Além da elaboração de CAR, a Emater também avança com relação a recomposição de áreas alteradas e degradadas. A expectativa é de que, até o final de 2022, sejam elaborados 100 pradas na Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, em São Félix do Xingu, no sul do estado”, ressaltou o geógrafo da Emater.
*Texto de Paula Portilho (Ascom Emater)