No dia nacional do atleta profissional, o Governo do Pará reforça o compromisso com o esporte paraense

A judoca Luana Gouveia, de 22 anos, foi criada nos tatames. O pai, seu José Gouveia, a levava para um projeto social que ele coordenava, numa escolinha de bairro, no conjunto Cidade Nova 8, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. A brincadeira de criança virou profissão. Hoje, Luana é faixa preta de judô e já foi mais de 10 vezes campeã paraense da categoria 63kg. 

 A carreira da atleta profissional é um orgulho pra família, que é grande: Luana tem outros seis irmãos e lembra que os pais enfrentaram muitos desafios, principalmente financeiros. 

"Deixei de viajar para competições porque não tinha dinheiro. Então eu sou muito grata por esse apoio. Que possam ter mais projetos como esse, porque temos muitos talentos no estado", enfatiza.

 Luana se refere ao programa "Bolsa Talento", da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), que em 2021, garantiu 400 apoios a atletas das mais diversas modalidades, número acima da meta da Secretaria. 

 “O Bolsa Talento possibilita que o atleta permaneça na modalidade e possa alcançar melhores resultados recebendo bolsa estadual ou nacional, dependendo do ranking com a duração de 12 parcelas, cuja seleção é realizada através de edital. Temos também o apoio financeiro para participar de competições. É necessário fazer solicitação apresentando ofício, currículo esportivo, ranking, regulamento da competição além dos documentos pessoais", explica Kátia Rocha, diretora técnica de Esporte e Lazer da Seel.

Hoje, a filha do seu José e da dona Kátia é quem coordena o mesmo projeto social que o pai começou. Mais de 70 crianças são beneficiadas com as aulas de judô. 

 No dia nacional do atleta profissional, celebrado nesta quinta-feira (10), o Governo do Pará reforça o compromisso com o esporte paraense.

 "A bolsa tem sido muito importante porque nós, atletas, vivemos do esporte e é tudo muito caro! Pra mim foi muito importante conseguir essa ajuda pra me manter nas competições. Eu tenho que trabalhar, estudar, treinar e competir, tenho que conciliar muita coisa, essa é a minha vida. Por isso essa parceria é tão importante pra nós, atletas", reforça Luana. 

Apoio 

Em outra modalidade, a nadadora Estephany de Jesus Ferreira Solano, de 18 anos, é mais um exemplo do que toda atleta quer ganhar: incentivo e títulos. São mais de 10 prêmios em nove anos de carreira, em campeonatos nacionais e internacionais.

 A dedicação da jovem aos treinamentos rendeu uma indicação da Federação Paraense de Natação à Secretaria de Estado de Esporte e Lazer. Estephany foi selecionada e passou a receber um incentivo do Governo do Pará.   

 "A bolsa me ajuda adquirir meus materiais de treino e pagar minhas competições para fora do estado. Sem esse apoio eu não teria a metade das oportunidades que tive na minha carreira como atleta. Além disso, ainda consegui um patrocínio do Banpará em 2021. Esse incentivo é uma conquista muito grande para um atleta, além de abrir várias oportunidades de viagens para representar o seu estado e meu clube", comemora a nadadora.

 A judoca Luana Gouveia reforça que iniciativas como a do Governo do Estado podem ter alcance ainda mais amplo que uma perspectiva de carreira. "É bom lembrar que por meio do esporte muitos jovens recebem novas oportunidades, são tirados do mundo do crime, por exemplo. Então quanto mais incentivo, melhor! Eu sou muito grata por esse apoio que fez toda a diferença pra minha carreira".

Texto: Denise Soares/Secom