Indígenas e quilombolas discutem desenvolvimento sustentável
Representantes de etnias indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos, junto com técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), discutiram nesta quarta-feira (14) conceito e estratégias para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono no Pará, no segundo dia do Workshop REDD+. Membros do Fórum Estadual de Mudanças Climáticas também debateram economia de baixo carbono, no Hotel Gold Martan, no município de Ananindeua (Região Metropolitana de Belém). A Semas participou do evento com a equipe da Diretoria de Meteorologia, Hidrologia e Mudanças Climáticas (Dimeh).
Verônica Bittencourt, secretária adjunta de Recursos Hídricos e Clima da Semas, ressaltou que o momento é de definição de políticas de médio e longo prazos. “É um momento para definir estratégias que sejam implementadas no Estado do Pará. São ações para captar recursos a projetos que venham beneficiar todo o Estado, na implementação dessa política”, acrescentou.
Representante da Federação dos Povos indígenas no Pará, Fabiana Borari, oriunda de Santarém (região oeste), lembrou que “o Estado tem 56 povos indígenas, distribuídos em oito etnorregiões”. O fortalecimento das comunidades remanescentes de quilombos também foi debatido na reunião. Maria José Souza, integrante do Quilombo de Mocajuba, município do Baixo Tocantins, defendeu o aprofundamento do projeto. “Ter uma floresta verde é o objetivo de eu estar aqui para continuar o processo de liderança dentro do quilombo”, declarou.
Para Haideé Marinho, coordenadora de Gestão Socioeconômica da Semas, todas essas ações são importantes no Pará porque o Estado emite gases de efeito estufa. “A Diretoria está acompanhando esses trabalhos desenvolvidos pela Semas. No projeto piloto de REDD+ temos dois pontos locais, nos municípios de Paragominas e São Félix do Xingu (ambos no sudeste paraense)”, explicou.
REDD+ - Incentivo desenvolvido no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidades sobre Mudança do Clima, o REDD+ é destinado a recompensar financeiramente países em desenvolvimento por seus resultados na redução de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal, considerando o papel da conservação de estoques de carbono florestal, manejo sustentável de florestas e aumento de estoques de carbono florestal.