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Pilates ao ar livre ajuda na reabilitação de pacientes do Hospital Galileu, na Grande Belém

Técnica diminui estresse e aumenta a adesão à fisioterapia de pacientes com traumas

Por Governo do Pará (SECOM)
14/01/2022 15h22

Por alguns instantes, a fuga do ambiente hospitalar durante o período de internação, é sinônimo de bem-estar e alívio ao estresse causado pelo enclausuramento de quatro paredes. Pensando nos benefícios para a recuperação dos pacientes vítimas de traumas, a equipe de fisioterapia do Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), localizado na avenida Mário Covas, na Grande Belém, implantou o Projeto Pilates ao ar livre. 

A iniciativa visa aliar as técnicas de fisioterapia aos efeitos da luz solar, do ar puro e do contato direto com os elementos naturais que purificam a mente e energizam o corpo. O responsável técnico do serviço de fisioterapia do Galileu, Axell Lins, explica que o projeto é feito pelos pacientes previamente triados pela equipe multiprofissional, que apresentem condições clínicas e psicológicas para a prática dos exercícios externos, na academia ao ar livre, localizada nas dependências da própria unidade.

“Fazemos a triagem dos pacientes diariamente e, conforme a sua disposição, o seu pós-operatório, avaliamos quem está apto ou não para fazer o Pilates ao ar-livre”, explicou Axell Lins. O profissional ainda esclarece que todos os dias, a pessoa internada recebe a visita de um profissional da equipe em seu leito. “O fisioterapeuta, após a verificação do estado do paciente, o encaminha para a área externa do hospital, onde são realizadas as atividades em grupo, ao ar livre, para ajudar na recuperação, na diminuição da depressão, da ansiedade, já que temos pacientes de longa permanência em um leito hospitalar”, detalhou.

Com as técnicas aplicadas, o paciente consegue melhorar, além da recuperação da autoestima, o aumento da flexibilidade, da força muscular e do equilíbrio. “O Pilates também melhora o condicionamento respiratório. No projeto, são usadas bolas de Pilates, elástico extensor, colchões e cordas”, acrescentou Axell Lins. 

Autoestima- A paciente Aline Martins da Costa, moradora do município de Jacundá, na região sudeste do Pará, é só elogios às técnicas. "Fazer exercícios fora do quarto, traz uma sensação de bem-estar para quem está internado. Nos faz esquecer, por um momento, que estamos dentro de um hospital, fazendo tratamento de saúde. Senti que me relaxou mais ainda. Isso é muito bom”, comenta. 

Quem também aprova e recomenda o projeto, é o autônomo Manuel Guilherme dos Santos Luz, morador do bairro Mangueirão, em Belém. “Essa fisioterapia ao ar-livre é excelente. Ela nos ajuda psicologicamente, no físico, na socialização e no contato com o ambiente externo. Ver a luz do sol ao sair para a área, nos ajuda muito, principalmente na recuperação. Particularmente me ajudou muito, até a minha recuperação ficou melhor. Quando sair do hospital, vou continuar fazendo essas práticas. São ótimas”, comentou. 

Aplicação- A fisioterapeuta do Galileu, Samara Ferreira Santins, explica que as técnicas são realizadas, diariamente, com dois profissionais.  “O Pilates ao ar-livre é realizado em grupo de, no máximo, 10 pacientes, separados entre sexo. Realizar ao ar livre promove uma maior concentração do paciente, além socializa-lo com outras pessoas, tornando o ambiente mais leve e agradável”, observou. 

“O Pilates pode ser realizado como treino de força e flexibilidade que ajudam a melhorar a postura, alongar e tonificar os músculos sem exageros. Os exercícios do Pilates têm por objetivo focar na qualidade dos movimentos, ao invés da quantidade”, detalhou Samara. 

Iniciativa- O diretor executivo do Hospital Galileu, Alexandre Reis, apontou que o projeto piloto iniciou em meados de dezembro de 2021, mas o espaço ganhou uma repaginação, assim, as atividades foram retomadas em janeiro deste ano. “Percebemos uma adesão fantástica dos pacientes, e fizemos alguns reparos na nossa academia ao ar-livre. Voltamos com o projeto agora em 2022, e já percebemos um significativo entusiasmo em nossos pacientes com o trabalho que vem sendo desempenhado pela equipe de fisioterapia”, garantiu. 

O gestor ainda observa o perfil dos usuários do Galileu. “Nossa unidade é referência em traumatologia no Pará, sendo que, a maior parte, com a média de 80%, é de pacientes que sofreram acidentes no trânsito. Temos pessoas que ficam muitos meses fazendo tratamento, até ano, para receber alta hospitalar. Por isso, a unidade tem se empenhado em desenvolver diversos projetos com a finalidade de amenizar o período de internação dos nossos usuários, promovendo o bem estar físico, mental e social”, frisou Alexandre Reis.  

Serviço - Referência na Rede Estadual do Pará em atendimentos de traumas ortopédicos, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), está localizado na rodovia Mário Covas, 2672 – Una, na Região Metropolitana de Belém (RMB). O secretário Adjunto de administração da Sespa, Ariel Sampaio, observa ainda, os demais serviços ofertados pelo hospital. “A unidade atende, ainda, há  especialidades médicas e não médicas, incluindo, a urologia, a cirurgia de reconstrução e alongamento ósseo, clínica médica, a psicologia e a fisioterapia, que auxilia na reabilitação dinâmica fora dos moldes tradicionais”, completou. 

Texto: Roberta Paraense