Mais de 16 mil pessoas devem visitar Feira de Artesanato até domingo
Setecentos artesãos de 54 municípios de diversas regiões do Estado estão reunidos na VI Feira Estadual de Artesanato (Fesarte). Uma oportunidade de mostrar a produção regional para mais de 16 mil visitantes que são esperados no Centur, até o próximo domingo (25). A expectativa é que a feira movimente RS 95.000,00.
A 7ª edição da Fesarte é uma importante estratégia para fomentar a geração de trabalho e renda para o artesão paraense, desenvolvendo atividades que visem à valorização de sua produção, elevando o seu nível cultural, profissional, social e econômico, bem como, desenvolver e promover a empresa artesanal, no entendimento de que artesanato é empreendedorismo.
O secretário de Trabalho, Emprego e Renda, Heitor Pinheiro, comenta que a Fesarte é um espaço de interação. “O nosso objetivo é aproximar cada vez mais os artesãos e o público, com uma programação paralela que inclui oficinas para que, quem visita a feira, tenha momentos de experimentação”, destaca.
O destaque desta edição é a participação de grupos de crocheteiras e bordadeiras como expositoras de artesanato. Elas foram enquadradas como artesãs com a portaria nº 1.007 de 11 de junho de 2018 da Secretaria Especial das Micro e Pequenas Empresas (Sempe). Mais de 40 artesãs das tipologias, tipo de matéria-prima utilizada pelos artesãos, de crochê e bordado estão presentes na feira.
A artesã Cleonice Silva, 67 anos, é uma das expositoras. Ela explica que o crochê tem uma rica herança cultural e que a mudança só trouxe benefícios para as crocheteiras. “O crochê é uma técnica do tempo da vovó que passou a ser mais valorizada. É uma terapia e um ganha pão”, define.
O evento visa apoiar a produção e comercialização do artesanato paraense, implantando ações que atuem na promoção do trabalho e geração de renda aos artesãos e trabalhadores manuais.
A estrutura dos espaços conta com exposições, comercialização, oficinas de aperfeiçoamento, gerando, além da visibilidade aos produtos, integração entre os artesãos de diferentes municípios, criando conexões entre outros elementos, tais como, gastronomia, moda, manifestações culturais entre outros.
Nesta edição, o evento conta com a participação dos indígenas venezuelanos da etnia Warao. Antônio Mata chegou há oito meses em Belém e já passou por oficinas de aprimoramento na Fundação Curro Velho junto com outros de sua etnia. “Estamos expondo garrafas que servem tanto para a decoração quanto para uso diário; nosso trabalho está tendo uma grande aceitação pelo público”, comenta.