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Governo realiza ação 'Cidadania por todo o Pará' na Ilha do Combu

Além da emissão de documentos e de atendimentos de saúde, a ação distribuiu 800 brinquedos e 100 cestas de alimentos

Por Giovanna Abreu (SECOM)
15/12/2021 15h17

"É a primeira vez que uma ação completa como essa chega até o Furo Rio São Benedito, na Costa da Ilha do Combu, trazendo serviços de cidadania e saúde para todas as idades. Crianças, adultos e idosos foram atendidos. Saímos daqui muito felizes", ressalta a dona de casa Priscilene Oliveira, 33 anos, moradora da localidade.Priscilene Oliveira, dona de casa e moradora do Combu

Nesta quarta-feira (15), moradores da Ilha do Combu participaram da ação 'Cidadania por todo o Pará', coordenada pela Fundação ParáPaz. Além da emissão de RG, 2ª via da Certidão de Nascimento e atendimentos de saúde, foram doados 800 brinquedos e 100 cestas de alimentos a crianças e famílias em situação de vulnerabilidade social.

Junto à Fundação, órgãos estaduais como a Polícia Civil do Pará, a Fundação Santa Casa de Misericórdia, Secretaria de Saúde Pública (Sespa) e a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) participaram da ação.

“É de suma importância o trabalho do ParáPaz Solidário integrado com outros órgãos do governo. Nós sabemos que a logística para trazer esses serviços até a Ilha do Combu é difícil, por isso, conseguir fazer essa ação é uma forma de demonstrar que estamos atentos a essa realidade, que estamos preocupados e disponíveis para a população, que pode contar com a gente”, assegura Alberto Teixeira, presidente da Fundação.

Entre os serviços oferecidos pela equipe da ação, composta por mais de 60 profissionais, também estão: o projeto Balcão Cidadão; o projeto Espaços Abertos, que levam atividades de entretenimento para todas as idades (dama, xadrez, futebol, queimada, cabo de guerra, peteca, entre outras); consultas médicas (clínica, pediatria e ginecologia), saúde bucal, cuidados com a mama, autoexame, encaminhamento para mamografia e preventivo, entre outros.

A coordenadora da ação cidadania, delegada Claudilene Maia, pontua a importância da descentralização dos atendimentos. “O nosso objetivo é que o Governo vá até os assistidos, por isso, não podemos esperar que as demandas cheguem até nós, precisamos agir e correr atrás das soluções. Nós sabemos que os ribeirinhos desta localidade são pessoas que precisam desse acolhimento humanizado e do acesso a esses serviços, por isso estamos aqui e estou muito feliz porque conseguimos entregar amor em forma de atendimento”, diz.

A agente comunitária de saúde, Edna Cardoso, 54 anos, moradora da Ilha do Combu, destaca que os sentimentos de alegria e gratidão pulsam nos corações dos ribeirinhos da região. “Queremos agradecer ao governo do Pará e a todos os profissionais que vieram até aqui com esses serviços. Hoje é só felicidade na Ilha com esse trabalho grandioso”, afirma.

Ultrapassar os muros da Santa Casa. Este é o principal objetivo da participação da Fundação na ação, segundo Walda Santos, diretora de planejamento da unidade. “Em parceria com a ParáPaz, a Santa Casa atua junto ao projeto 'Entre Elas' abrindo janelas, com consultas, trabalho de educação em saúde bucal para crianças e adolescentes, encaminhamentos, entre outros atendimentos. Levar serviços a quem precisa é o nosso foco”, conta.

PROJETO ENTRE ELAS

O projeto ‘Entre Elas’, desenvolvido pela ParáPaz, que atende mulheres em situação de vulnerabilidade social e de violência doméstica, levou assistentes sociais e psicólogos para a programação. Mônica Tapajós, que é uma das assistentes sociais do projeto, explica que durante a ação foram trabalhados dois eixos principais. O primeiro foi a prevenção, por meio da discussão em rodas de conversas sobre as temáticas, destacando as formas de violência contra a mulher, os meios de conseguir atendimento técnico e efetuar a denúncia.

“O outro eixo é a garantia de direitos. Para uma mulher que sofre violência, não basta disponibilizar atendimentos de segurança pública, porque sabemos que a mulher vive, muitas vezes, a questão da dependência financeira e emocional, fazendo necessário articular políticas públicas intersetoriais, como políticas habitacionais, de qualificação profissional e geração de emprego e renda, entre outros, para fortalecer essas mulheres”, informa a assistente social.

A dona de casa Isabelle Soares, 22 anos, que é moradora da Ilha, participou das rodas de conversa e garantiu ter vários aprendizados. “Foi muito importante ter essa ação, porque muitas mulheres daqui não sabiam como denunciar, nem que estão sendo vítimas de algum tipo de violência. Eu mesma não sabia que a violência psicológica é um crime. Essa assistência e orientações dadas são muito importantes para nós. Espero que outras ações como essa venham novamente”, celebra.

O projeto levou também um espaço para embelezamento (revitalização, limpeza corporal e design sobrancelha, maquiagem) como forma de resgatar a autoestima das mulheres. “Nós pegamos muito sol, então precisamos de cuidado especiais com a pele. Muitas mulheres daqui nunca fizeram um tratamento, porque aqui não tem e elas não tem condições de ficar indo pra Belém”, pontua Edna Cardoso.