Em Moju, Emater promove intercâmbio sobre Sistemas Agroflorestais
Foto: DivulgaçãoCento e vinte oito pessoas participaram do intercâmbio sobre Sistemas Agroflorestais realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-PA), na comunidade quilombola de Conceição do Mirindeua, em Moju, nordeste paraense, na última sexta-feira (10), com o objetivo de mostrar a experiência exitosa em um trabalho coletivo para produção de açaí, cacau, cupuaçu, acerola, maracujá, abacaxi, além de pimenta-do-reino, andiroba, maranhoto, cumaru e mogno.
Foto: DivulgaçãoDe acordo com a técnica em agropecuária da Emater, Marizita Lima, que coordena o escritório local, na ação foram visitadas as propriedades dos agricultores Raimundo da Silva e Emanoel do Socorro da Silva, assim como a unidade demonstrativa de SAF´s do viveiro em duas modalidades: uma em área mecanizada, utilizando a banana como sombreamento; e a outra no sistema cabruca (plantada na capoeira sem a necessidade de uma outra cultura para o sombreamento), e ainda o matrizeiro da pimenta-do-reino, acerola e maracujá.
“Nossa intenção é que este público, formado por agricultores de 16 comunidades do município, passem a adotar o modelo de SAF demonstrado, diversificando a produção agrícola e assim, deixando o modelo de roça e queimada, o que contribui para a recuperação do passivo ambiental”, explica a chefe do escritório local da Emater em Moju.
Foto: DivulgaçãoNa comunidade de Conceição do Mirindeua, distante 35 km da sede do município, vivem 240 famílias que viviam quase que exclusivamente da mandiocultura. O trabalho de implantação de SAF´s, em 2018, teve o propósito de apresentar às famílias uma alternativa de produção agrícola e ainda assegurar a conservação do meio ambiente.
A ação contou com a parceria da Prefeitura Municipal e do Instituto de Desenvolvimento Florestal (Ideflor).
Este ano, as famílias já puderam se beneficiar, como subsistência, da produção de frutíferas e de essências florestais como, por exemplo, o maronhoto, mais utilizado como lenha, e a expectativa para 2022, é passar a comercializar o excedente para o mercado local.
Um Sistema Agroflorestal reúne as culturas de importância agronômica em consórcio com plantas que integram a floresta, sendo um sistema de plantio de alimentos que é sustentável, pois contribui para a recuperação vegetal e do solo, uma estratégia que vem ao encontro da missão da Empresa que é de promover o desenvolvimento sustentável através do conhecimento, tecnologia, por meio da assistência técnica e extensão rural, assegurando a melhoria da qualidade de vida da sociedade rural.
Texto: Paula Portilho / Ascom Emater