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EDUCAÇÃO E INOVAÇÃO

Alunos da rede pública estadual participam de competição com robôs a distância

O 4º TechCamp Pará reúne 93 estudantes, de 17 municípios, e homenageia a professora Socorro Braga, que organizava o evento, mas foi vítima da Covid-19

Por Governo do Pará (SECOM)
10/12/2021 19h48

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio da Coordenação de Tecnologia Aplicada à Educação (CTAE), realizou a 4ª edição do TechCamp Pará - Professora Socorro Braga, nesta sexta-feira (10). A iniciativa é um torneio com robôs, controlados a distância por estudantes de várias localidades paraenses, os quais precisam superar obstáculos e executar tarefas para pontuar em cada rodada.

"Cada vez mais nós estamos estimulando o desenvolvimento de atividades pedagógicas que envolvam a ciência, a matemática e a tecnologia. Proporcionar esse tipo de educação também é nosso dever, e isso tem sido algo mais frequente entre os alunos da rede pública estadual", disse a secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga.No torneio, os robôs são controlados a distância por estudantes de várias localidades do Pará

No ano passado, o TechCamp Pará foi totalmente remoto. Esta edição ocorreu de forma híbrida, respeitando os protocolos de prevenção à Covid-19. Participaram da competição 31 equipes, compostas por 93 alunos e 57 professores, oriundos dos municípios de Abaetetuba, Altamira, Ananindeua, Augusto Corrêa, Belém, Benevides, Bragança, Cachoeira do Piriá, Cametá, Castanhal, Curuçá, Marabá, Redenção, Santa Izabel do Pará, Santarém, Tucuruí e Vigia de Nazaré.

Os grupos participantes se conectam ao robô da disputa e conseguem programá-lo a quilômetros de distância. Não se trata de um controle remoto, pois os alunos estão aprendendo uma linguagem de programação, habilidade muito importante para os profissionais do futuro.

Ensino-aprendizagem - Segundo o coordenador da CTAE, Jó Elder Vasconcelos, “esse evento que a gente está acompanhado hoje é a culminância para que eles se divirtam, pois já passaram por uma formação, compreenderam o que é o ‘Steam’, além do pensamento computacional, e como este pode ajudar a resolver problemas da sociedade. Agora, eles foram orientados na área de programação para conseguir programar os robôs a distância, e estão fazendo um torneio bem amigável, para que a gente incentive cada vez mais ações desse tipo no processo ensino-aprendizagem”, ressaltou o coordenador.A competição é acompanhada por estudantes e professores da rede pública estadual de ensino

As equipes que conquistarem o 1º, 2º e 3º lugares nos jogos vão receber uma premiação surpresa, e todos os 93 participantes receberão certificados e medalhas, em reconhecimento ao empenho que tiveram na atividade pedagógica. “O que a gente sempre ressalta é que isto não é um campeonato para descobrir quem é o melhor, porque existem diversas variáveis que podem interferir no resultado. A qualidade da internet lá na ponta, às vezes acontece um problema com o robô ou a mesa. Portanto, existem diversas variáveis que inviabilizam determinar quem é o melhor de fato. Mas nós estamos festejando, e vamos comemorar aquele que tiver o melhor desempenho na disputa, levando em consideração todas essas características”, frisou o professor Rafael Herdy.Professor Rafael Herdy

Profissões do futuro - Especialistas adiantam que, em aproximadamente cinco anos, devem aparecer 100 novas profissões ligadas à área da programação. Nessa perspectiva, os NTEs trabalham e fomentam pesquisa, robótica e programação, sempre em consonância com o que se aprende em sala de aula.

Segundo o professor Rafael Herdy, “é importante para os alunos que toda vez que movimentem esse robô, eles ativem conceitos relacionados à Física. É uma linguagem bem simples de programação, que já existe desde a década de 1970, a qual já foi melhorada, bem desenvolvida, e apresenta uma linguagem visual bem mais fácil. Com a tecnologia que nós temos hoje de Internet das Coisas (IoT) conseguimos conectar dispositivos através da internet a distância, o que antes parecia ser algo impossível”.

Um robô adaptado à realidade amazônica foi disponibilizado às equipes, o qual foi montado no NTE Belém e enviado para os NTEs que também sediaram os torneios, em Abaetetuba, Belém e Bragança.

Em breve será ministrada uma formação direcionada aos professores que forem orientadores nos projetos de robótica, para que possam entender toda a parte técnica, como o robô se conecta à internet, de que maneira os comandos saem lá dos municípios e chegam aos locais de competição.

Aluno Repórter - Durante as transmissões do 4º TechCamp Pará, ocorreu mais uma iniciativa incentivada pela Seduc. Voluntários do Projeto “Aluno Repórter” fazem a cobertura do evento, auxiliando na captura de imagens e comentando sobre os lances de cada partida.Estudantes colocam em prática o conhecimento em Robótica

Um desses voluntários é o aluno da 1ª série do ensino médio, Ryan Pablo, que frequenta a Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, em Belém. Ele afirmou ser uma pessoa ligada à tecnologia e robótica. “Confesso que tem sido uma experiência nova para mim. Gosto de desafios e procuro sempre inovar, fazer coisas diferentes e que agreguem na minha vida. Ser ‘Aluno Repórter’ deste ano do 4º TechCamp Pará tem sido uma experiência muito boa, além de compartilhar com pessoas a distância cada detalhe das partidas. Com certeza, tudo isso colabora para o meu desenvolvimento pessoal e acadêmico”, garantiu o estudante.

Reconhecimento - Este ano, a equipe organizadora do TechCamp Pará homenageia a professora Socorro Braga, ex-coordenadora do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) de Bragança, que estava envolvida na preparação do evento, mas faleceu em decorrência da Covid-19.

Em 2020, a educadora foi uma das selecionadas para uma formação oportunizada pelo TechCamp Brasil, que é gerenciado pela Embaixada dos Estados Unidos e Universidade de São Paulo (USP).

Texto: Vinícius Leal - Ascom/Seduc