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SEGURANÇA PÚBLICA E CIDADANIA

Governo do Pará mantém unidades de acolhimento para mulheres vítimas de violência

Por Camila Santos (SEASTER)
25/11/2021 18h21

O dia 25 de Novembro é marcado por uma série de ações mundiais que reforçam o fim da violência contra a mulher. A data é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e rememora a luta das irmãs dominicanas Patria, María Teresa e Minerva Maribal, conhecidas por "Las Mariposas" e atuantes por melhores condições de vida na República Dominicana. 

Com o intuito de prestar um serviço de proteção social destinado ao acolhimento institucional e provisório para mulheres em situação de violência doméstica e familiar, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), mantém quatro abrigos estaduais para mulheres vítimas de violência. Os espaços surgem como um refúgio às vítimas e têm o objetivo de garantir a proteção integral e acolher provisoriamente mulheres adultas acompanhadas ou não de seus filhos menores, que estejam em situação de risco de morte ou ameaças em razão de violência doméstica e familiar.

No Pará, as unidades estão localizadas em Belém, Santarém, Altamira e Marabá. A localização é sigilosa a fim de garantir a segurança das mulheres que passam pelo local. A demanda prioritária é constituída por mulheres oriundas dos municípios paraenses, onde não há cobertura de abrigos desta natureza.

Segundo a gerente do abrigo de Belém, Cláudia Aguiar, as mulheres são encaminhadas por meio das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher, as 'DEAMs', e só deixam o local com as medidas judiciais que garantem a sua integridade.

Cláudia Aguiar - gerente"Quando a mulher chega até o abrigo ela recebe todo o atendimento necessário, que vai desde o acompanhamento médico até o psicossocial, recebe seis refeições diárias, tem acomodação e acesso também às atividades de beleza e entretenimento". 

Além dos serviços básicos, as equipes multidisciplinares proporcionam um atendimento personalizado e articulado com a rede de serviços socioassistenciais, bem como, com as demais políticas públicas e do sistema de justiça e garantia de direitos. O prazo de acolhimento pode ser estendido por 90 dias ou mais, dependendo do caso.

"Ao recebermos essa mulher nós fazemos o preenchimento do Plano Individual de Atendimento (PIA) que vai caracterizar e relatar a história de vida daquela mulher. Durante essa conversa, nós repassamos à ela os direitos, os deveres e, posteriormente, identificamos as demandas que ela traz, que na maioria das vezes não é somente o ato violento em si, mas as questões psicológicas, a situação econômica, a de saúde, enfim. A partir de então nós fazemos as mediações com as redes de serviços e equipamentos socioassistenciais, explicou a Assistente Social, Maria José. 

Maria José - assistente social

Além de proporcionar segurança física e emocional, esses espaços incentivam o empoderamento das mulheres, o fortalecimento da auto estima  e o exercício da cidadania.

"As vítimas entram muito fragilizadas, com medo; não é raro elas reviverem as situações traumáticas o tempo todo, e com isso vem a ansiedade, o pânico. O profissional da psicologia se insere nesse processo para contribuir com a lida de todas essas sensações e consequências, por meio da escuta. Nós também incentivamos a realização de oficinas e palestras que expliquem o que aquela mulher viveu, para que ela entenda os ciclos da violência, os porquês e de que forma ela deve agir frente a esse cenário", reforça a psicóloga Maria Elisabete.

Maria ElisabeteAlém do psicossocial, as acolhidas participam de atividades de convívio, momentos recreativos, lúdicos, e culturais. Mediante as necessidades, a  Seaster ainda viabiliza a compra de passagens intermunicipais e interestaduais.