Obras do Complexo do Museu de Arte Sacra devem ser concluídas agora, em dezembro
O cronograma de obras do governo do Pará inclui os equipamentos de cultura, que nos últimos dois anos e meio, são alvo de ações de valorização e investimentos
Os trabalhos de requalificação estão avançados no Complexo do Museu de Arte Sacra, Igreja de Santo Alexandre e Alameda Champagnat, que envolve o Museu do Círio e o Museu da Imagem e do Som. A conclusão das obras está prevista para a segunda quinzena de dezembro.
De acordo com Bruno Chagas, secretário adjunto de Cultura (Secult), não eram realizadas reformas deste nível há mais de 10 anos. “São intervenções para reconstituição da pintura das fachadas, o reparo do telhado, na cimalha toda, principalmente da Igreja de Santo Alexandre e do Museu de Arte Sacra. A retirada de qualquer tipo de infiltração, de goteira do Museu, desentupimento e reconstituição das calhas e outros itens que, porventura, aparecerem”, detalha Bruno.
Com previsão de entrega do serviço na segunda quinzena de dezembro, as obras tiveram o acompanhamento do Ministério Público do Estado, na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. “A parceria é muito importante porque mais do que preservar o patrimônio é fundamental valorizá-lo. O espaço estava há muito tempo deteriorado e causando inclusive risco para as pessoas que transitavam na frente do próprio Museu. A cimalha já estava sofrendo com agentes vegetais que poderiam causar algum tipo de tragédia se houvesse algum deslocamento e outro tipo de situação”, pontua o secretário adjunto.
História
O Complexo do Museu de Arte Sacra está muito ligado ao contexto histórico da capital paraense. “Está situado na localidade onde nasceu a cidade, em um lugar estratégico para o turismo e remete à importância da ocupação da cidade de Belém, dos seus primeiros habitantes e também à toda trajetória religiosa, histórica característica da cidade de Belém”, acrescenta Bruno.
O Museu de Arte Sacra é composto pela Igreja de Santo Alexandre e pelo antigo palácio episcopal (originalmente Colégio de Santo Alexandre). Os dois edifícios foram construídos para compor um conjunto, no qual a igreja era o centro irradiador, como foi exemplar da arquitetura jesuítica no Brasil.
A igreja teve o início da sua construção por volta de 1698 e inauguração a 21 de março de 1719. É composta por nave única, transepto e oito capelas laterais. A sacristia localiza-se no braço esquerdo da nave. A decoração é caracterizada pela arte barroca, com forte acento tropical, destacando-se as peças produzidas pelos jesuítas e pelos índios. Além da função litúrgica, a igreja também funciona como espaço cênico-musical para espetáculos teatrais e recitais, além de ser objeto museal, fazendo parte do roteiro de visitação do museu.
O acervo do Museu de Arte Sacra do Pará compõe-se por imaginárias datadas dos séculos 18 e 19 e objetos litúrgicos, somando cerca de 320 peças expostas no primeiro pavimento do palácio episcopal e no corpo da igreja.
Investimentos
O cronograma de obras do governo do Pará, não deixou de lado os equipamentos de cultura, que nos últimos dois anos e meio foram alvo de ações de valorização, manutenção, melhorias ou investimentos para o fomento do setor e preservação da memória.
Somente em obras, como a reconstrução do Palacete Faciola, a reforma do Museu do Marajó, do Cemitério da Soledade, a revitalização do Theatro da Paz, da fachada e cobertura do Museu de Arte Sacra, e o início do projeto do Parque da Cidade, são mais de R$ 995 milhões de reais.
“Aquelas que já estão em andamento, como o Palacete Faciola, nós estamos com previsão de entrega em junho de 2022. O Cemitério da Soledade que é uma parceria com a Prefeitura de Belém, para o mesmo período. Já estamos iniciando pequenas reformas e reparos no Parque da Residência e iremos brevemente iniciar outras entregas para a cidade de Belém e ao Estado do Pará”, adianta o secretário.