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Investimentos em tecnologia rendem resultados na segurança pública

Por Carol Menezes (SECOM)
17/11/2021 19h56

No último fim de semana, a Polícia Rodoviária Federal conseguiu capturar em Santa Maria um acusado de cometer crime de violência doméstica em Salinas, por meio do monitoramento e reconhecimento de veículos por câmeras instaladas nas cidades e nas rodovias estaduais, uma possibilidade que se tornou real de 2019 para cá, quando o governo do Pará passou a investir bem mais recursos em tecnologia de informação, inteligência artificial e outros artefatos aliados na solução e otimização das ações dos agentes de segurança do Estado. 

Em outubro desse ano, as câmeras de monitoramento do sistema de Integração de Registros para Identificação de Suspeitos (Iris) também identificaram um homem acusado de homicídio que fugia de carro por Marabá. As câmeras estão instaladas em pontos estratégicos. As imagens são transmitidas em tempo real para o Centro ou Núcleos Integrado de Operações (CIOp ou NIOp) ou ainda para as Centrais de Atendimento e Despachos (CADs) implantados no estado.

De acordo com o secretário de Estado de Segurança Pública, Uálame Machado, um dos pilares da atual gestão é investimento em equipamentos de inteligencia e integração: e novos rádios de comunicação, em sistema de investigação e inteligência artificial (IA) nas câmeras de monitoramento. "Saímos de um contrato de mais de sete anos e que previa apenas filmagens sem reconhecimento e identificação, conseguimos acoplar essa tecnologia que identifica veículos roubados ou furtados e pessoas foragidas. Nesse caso que ocorreu no fim de semana, trabalhamos integrado com o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil, usando inclusive a base de dados desses órgãos para capturar essa pessoa envolvida no crime", detalha o titular da Segup.

Para equipar a Secretaria, o governo do Pará já investiu cerca de R$ 30 milhões em diversas ferramentas, além de contratação de empresa especializada em IA que custa cerca de R$ 2 milhões ao mês. "Modificamos muitas coisas no sistema, os rádios eram analógicos, foram todos trocados por modelos digitais, por exemplo. As estatísticas já mostram resultados em todos os lugares. Só a PM recupera, por mês, cerca de R$ 6 milhões, 7 milhões em veículos roubados e furtados - isso é três vezes mais do que gastamos com a empresa de IA. Sem falar da recuperação de outros bens e capturas de foragidos, e consequente baixa da criminalidade", avalia Uálame.

No Pará, sete das 15 Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps) já têm as tecnologias que, em pouco tempo de uso, jjá demonstram resultados positivos. Na Polícia Civil, a Delegacia Virtual foi segmentada para oferecer um atendimento especializado aos crimes de violência doméstica. Foram disponibilizadas abas para registro dos casos de forma específica.

A implementação de tecnologia nos processos administrativos também está acelerando as investigações. Com a realização de audiências por videoconferência, além da economia de tempo com deslocamentos e despesas com diárias, os processos estão mais céleres, uma vez que as comissões não precisam necessariamente se deslocar para os interiores a fim de coletar depoimentos. 

A Polícia Militar faz utilização algumas ferramentas digitais, inclusive para o contingente interno, as quais são produzidas e desenvolvidas pela própria instituição. O Sigpol, por exemplo, permite o cadastro e funcionalidades de recursos humanos relativas aos Polícias Militares, bem como atividades administrativas e atividades operacionais. 

Em breve, será substituído pelo Gestor Web com a implementação de novas funcionalidades. Hoje já estão em funcionamento os módulos SEP (CPP e CPO), relativo as promoções de policiais; Jornadas, que se refere aos trabalhos extraordinários; Junta, relativo às Fichas Médicas de policiais.

Outro aplicativo, o Identidade, permite a identificação quanto à usabilidade de alguns serviços, tais como: Busca Veicular; SOS PM; Pop; Legislação. Já o PM + Forte é destinado para a gestão de escalas de serviço e tirada de faltas, bem como a celeridade no processo do serviço extraordinário e o pagamento de jornadas extraordinárias.

Em julho e no Círio, a PM passou a usar câmeras acopladas à farda. A proposta é que a partir do ano que vem, todos os agentes façam uso do acessório durante expediente.