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MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

1º Festival Cultural marca 20 anos de criação do Parque Estadual Monte Alegre

O Parque é uma Unidade de Conservação (UC) e abriga um dos mais antigos sítios arqueológico da Amazônia, com pinturas rupestres datadas em mais de 12 mil anos

Por Aldirene Gama (SEDEME)
11/11/2021 14h57

O Parque Estadual de Monte Alegre (PEMA) é uma Unidade de Conservação (UC) que abriga serras, vales, cavernas e grutasO Parque Estadual de Monte Alegre (PEMA) comemorou 20 anos de criação com a realização do 1º Festival Cultural da Unidade de Conservação, em 9 deste mês. O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), por meio da Gerência da Região Administrativa da Calha Norte I, preparou uma série de atrações com apresentação de carimbó, Festival da Mandioca Pajé, apresentação musical, exposição de artesanato local, escolha da Miss Parque Monte Alegre 2021, entre outras atrações regionais. A programação contou também com exposição de painéis contando a história do PEMA, uma realização do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

A abertura do evento foi realizada com apresentação do Carimbó do Parque, seguida de apresentação do Festival da Mandioca Pajé, musical, escolha da Miss Parque Monte Alegre, que elegeu a candidata, Bruna Cristina Santos, vencedora do concurso 2021. Também houve a declamação de poema em homenagem ao local, feita pelo aluno, Daniel Esquerdo Barros do 3º ano, estudante da Escola Estadual Fernando Henrique. A programação reuniu moradores das comunidades do entorno do Parque, representantes do poder público, servidores do parque e representantes da sociedade civil, em geral.

Aluno, Daniel Barros lê um poema em homenagem ao ParqueA presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengtson, parabenizou os moradores de Monte Alegre, pelo 20º aniversário do Parque Estadual e destacou a importância da população para a conservação das Unidades de Conservação (UCs).

"As UCs têm como objetivo garantir a preservação dos ecossistemas naturais, promovendo o desenvolvimento sustentável e atividades de caráter científico, além de oferecer espaços em contato com a natureza, propício à melhoria da qualidade de vida da população. Parabéns para cada um que faz parte da história do Parque Estadual Monte Alegre", disse a titular do Instituto.Grupo de dança na programação dos 20 anos do Parque Estadual 

Mais sobre o Parque

O Parque Estadual Monte Alegre (PEMA) é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, importante pelo seu peculiar ecossistema e relevante beleza cênica. Criado pela Lei Estadual n°. 6.412, de 09 de novembro de 2001, teve seus limites retificados pela Lei Estadual n° 7.692, de 3 de janeiro de 2013, e apresenta uma área total de 36,78 Km² (3.678 ha).

A Unidade de Conservação (UC) está inserida na Área de Proteção Ambiental (APA) Paytuna, no município de Monte Alegre e abriga um dos mais antigos sítios arqueológico da Amazônia Sul Americana, com pinturas rupestres datadas em mais de 12 mil anos.

A área abriga ainda um complexo de serras, vales, cavernas e grutas. O Parque é conhecido também como habitat natural de uma espécie endêmica, e ameaçada de extinção a ave Aratinga maculata, conhecida na região como Cacaué.

A gerente do Parque Estadual Monte Alegre (PEMA) e da APA Paytuna, Patrícia Messias, ressalta a importância histórica e cultural do parque e destacou a iniciativa da realização do 1º Festival Cultural como forma de fortalecer a cultura local. "Foi um momento muito especial e uma oportunidade para a população local interagir com nossas manifestações populares”.

A diretora de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, Socorro Almeida, destacou a importância da Unidade de Conservação de proteção integral, para preservação das riquezas naturais e históricas da região do Baixo Amazonas. O parque é reconhecido como um dos maiores sítios arqueológicos da Amazônia, com pinturas e inscrições rupestres gravadas no interior de superfícies rochosas, com mais de 11 mil anos. “Trata-se de um patrimônio de grande valor, que deve ser preservado por todos”.

Conheça alguns dos atrativos turísticos do PEMA

Serra da Lua: localizada na extremidade oeste da Serra do Ererê, o sítio arqueológico Serra da Lua chama a atenção pelo grande número de pinturas impressas em extensos paredões a céu aberto. Destaca-se entre as pinturas um grande círculo com 1m de diâmetro pintado nas cores amarelo e vermelho e que inspirou a denominação da serra. Do alto de sua plataforma de contemplação também se tem uma bela visão da paisagem do parque.

Gruta Itatupaoca: localizada na encosta sul da Serra do Ererê a 120 metros de altitude em relação ao rio Amazonas. A entrada da gruta mede cerca de 9,5 m de altura dividida por uma trave rochosa, resultado de ação erosiva. Algumas pinturas pré-históricas estão localizadas nas paredes externas da gruta, dentre elas destaca-se a única figura com três cores encontrada no Parque.

Pedra do Mirante: o maior diferencial desse lugar é a vista panorâmica (360 graus) que se tem da região desde o alto da Pedra do Mirante. Na sua base, há um importante conjunto de pinturas rupestres.

Painel do Pilão: localizado na encosta da Serra do Paytuna, próximo a Pedra do Pilão e a Caverna da Pedra Pintada (Gruta do Pilão), está o sítio arqueológico Painel do Pilão, a aproximadamente 100 metros de altura em relação ao Rio Amazonas. Trata-se de um sítio arqueológico localizado ao ar livre, onde as pinturas, dispostas em um paredão, formam um grande painel em torno de seis metros de altura por quinze metros de comprimento. As figuras mais representadas neste sítio são os grafismos puros que aparecem sob diversas formas, com destaque para um conjunto de quadros que se interceptam.

Gruta do Pilão: também conhecida como Caverna da Pedra Pintada está situada no flanco oriental da Serra do Paytuna a 120 m de altitude em relação ao Rio Amazonas. Nas paredes internas e externas dessa caverna há dezenas de pinturas pré-históricas. É um dos sítios mais antigos da Amazônia, foi o primeiro sítio com arte rupestre escavado no Estado do Pará. Tais escavações arqueológicas revelaram a presença de fogueiras, fragmentos de cerâmica e artefatos líticos de grupos humanos que viveram nesse local a mais de 11 mil anos atrás.

Pedra do Pilão: esta formação rochosa está situada no topo sul da Serra do Paytuna a aproximadamente 120m de altura em relação ao rio Amazonas. A Pedra do Pilão é um dos símbolos da cidade, funciona como um mirante natural, de onde é possível ter uma visão panorâmica de toda região, destacando-se, ao sul, o esplendor da área de várzea, com seus inúmeros lagos e, ao fundo, o rio Amazonas. Algumas pinturas pré-históricas estão localizadas na base e no topo dessa rocha.

Pedra do Cogumelo: a pedra do cogumelo é uma formação rochosa, resultante de um processo de erosão eólica, cuja aparência se assemelha a um cogumelo gigante. Está situada no lado oeste da Serra do Paytuna, é um ponto de parada para registro fotográfico.

Pedra da Tartaruga: escultura produzida pela erosão eólica, cuja forma se assemelha a uma tartaruga, no alto do monólito. A pedra está localizada entre a Serra do Paytuna e a Serra do Ererê, a aproximadamente 87m de altitude em relação ao rio Amazonas. Nesta formação também há algumas pinturas rupestres que foram modificadas por um processo de dano natural.