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SEGURANÇA E CIDADANIA

Mulheres recebem capacitação artística do projeto 'De Menina a Mulher', pelo TerPaz

Cerca de 360 mulheres já foram atendidas pela iniciativa que também debate questões sobre violência e empoderamento

Por Paulo Garcia (SEINFRA)
10/11/2021 16h08

As participantes de oficinas de grafite em ação no projeto "De menina a mulher: tortura que ela não atura", promovido pelo TerPazCapacitar mulheres artistas da periferia de Belém e região metropolitana. Este é o objetivo do projeto "De menina a mulher: tortura que ela não atura", que acontece, desde o mês de agosto passado, nos bairros atendidos pelo programa Territórios Pela Paz (TerPaz), do Governo do Estado. Uma realização do grupo de teatro Palha, com patrocínio da Embaixada da França no Brasil e apoio da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac).

A iniciativa busca levar conscientização, orientação, oficinas de empreendedorismo e diálogos sobre o comnbate da violência contra a mulher, para moradoras dos bairros da Região Metropolitana de Belém, atendidos pelo TerPaz (Benguí, Cabanagem, Terra Firme, Guamá e Jurunas, em Belém; Nova União, em Marituba; e Icuí-Guajará, em Ananindeua.

Mostra de materiais da oficina de confeção de bolsas“A aproximação com o teatro Palha se deu por compartilharmos da mesma visão sobre a violência praticada contra as mulheres, trata-se de um tabu e que, portanto, precisa se desmistificar. E para tanto nada melhor do que a arte que, e de quebra, ainda vem as oficinas de capacitação de ofícios diversos que contribuem com a independência e, acima de tudo, com o empoderamento dessas mulheres. A palavra é gratidão e por mais parcerias como esta”, contou a diretora geral do Núcleo de Articulação da Cidadania da Seac, Juliana Barroso.

Até o momento foram capacitadas mais de 360 mulheres em cinco destas localidades. Em cada bairro, o projeto inicia com uma roda de conversa para debater a violência contra a mulher. Após a conversa, cinco oficinas são ofertadas às mulheres previamente inscritas: confecção de bolsas, grafite, confecção de bonecas abayomi, estamparia em tecidos e maquiagem. Os oficineiros são artistas de renome no fazer artístico da cidade, como Nanan Falcão, Juliano Bentes e Nelson Borges.

O projeto também oferece diálogo sobre violência contra a mulher e sobre fatores sociais para o empoderamentoPara a moradora Elda Costa, de 42 anos, participar do projeto significou buscar independência financeira. "Eu participei do curso de confecção de bolsas e foi muito importante para mim. Foi uma forma de aprendermos diversas técnicas de confecção e ganharmos o nosso dinheiro, eu não estava trabalhando, mas com esse conhecimento adquirido nesse projeto, comecei a empreender’’, afirmou a moradora.

A autônoma Maria Adelaide Lopes, de 52 anos, participou de duas oficinas. "Eu amei os cursos e achei muito interessante, eu fiz a oficina de confecção de bolsas e de bonecas abayomi, essa foi uma boa oportunidade para ganhar dinheiro e agregar conhecimento", disse.  

Ao final, cada território finaliza com os resultados das oficinas, o que inclui apresentação dos trabalhos realizados e uma feira empreendedora, onde os produtos confeccionados podem ser comercializados, fomentando a geração de renda. O espetáculo "180: a mulher do fim do mundo", do Grupo de Teatro Palha, que fala sobre violência contra a mulher em diversos aspectos, também é apresentado em cada bairro, em vídeo, em cumprimento aos protocolos de segurança sanitária contra a Covid-19.

O projeto atualmente está nos bairros do Icuí, em Ananindeua, seguindo um cronograma até o final do ano em todos os outros bairros listados. Tânia Santana é produtora e idealizadora do projeto e vê nesta oportunidade a chance de democratizar o acesso a arte e promover igualdade social com o projeto. "Levamos oficina de formação artística, discutimos sobre violência e levamos um espetáculo a mulheres em situação de vulnerabilidade nas periferias, é um trabalho muito gratificante poder ampliar a atuação do grupo Palha de teatro e chegarmos a estas pessoas", afirma.

Até dezembro, o projeto ainda percorre os bairros do Guamá e Terra Firme, em Belém.

*Com informações da assessoria de imprensa do Grupo de Teatro Palha