Escola promove cantata natalina inclusiva para alunos surdos
O clima natalino esteve presente na “I Cantata de Natal”, promovida pela Escola Barão do Rio Branco, na quarta-feira (19), em Belém. Alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e seus professores realizaram apresentações de cantigas de Natal com interpretação simultânea na Língua Brasileira de Sinais (Libras), promovendo a inclusão de alunos com surdez. Familiares e a comunidade prestigiaram as apresentações.
Os alunos se prepararam durante cerca de um mês para o grande dia. Uma turma de mais de 30 alunos foi a responsável pela interpretação em Libras. Entre eles, estava Ruan Victor Martins, 13 anos, estudante do 9º ano. “No início dos ensaios, eu não entendi muito, achava muito difícil fazer os sinais, mas depois aprendi e percebi que parecia uma coreografia. Na minha sala estudam quatro alunos surdos e eu achava muito difícil me comunicar com eles, agora, depois desse aprendizado, vai ficar mais fácil”, conta o estudante.
Na plateia, o público atento contemplou as apresentações. A cozinheira Marineide Abreu era só orgulho. Mãe do aluno Leonardo Abreu, 13 anos, estudante do 6º ano, ela vibrou ao ver a atuação do filho surdo. “Fico muito feliz de ver ele superar suas dificuldades e ver o quanto ele se dedicou pra fazer essa apresentação. Chegamos cedo na escola, porque ele estava muito ansioso e não queria se atrasar. É emocionante ver que os alunos surdos não foram deixados de lado e que há esse cuidado e atenção com eles”, destacou.
“Pensamos em uma programação que contemplasse toda a comunidade escolas: os alunos, suas famílias e o entorno da escola. Durante os ensaios, quem passava na rua, parava para assistir também”, comentou a coordenadora do Ensino Fundamental II, Paloma Sousa.
Educação Especial – Para o cumprimento das normas estabelecidas para a Educação Especial, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) vem realizando investimentos em prol da Educação Especial na Perspectiva da Educação inclusiva para a garantia do acesso e permanência na escola das pessoas com deficiências (PcD), com transtornos globais do desenvolvimento (TGD)/ Transtornos do Espectro do Autismo e com altas habilidades/superdotação (AH/S), principalmente no que diz respeito a formação de professores e assessoramento técnico pedagógico aos professores, gestores, diretores e técnicos, tendo em vista a organização e funcionamento da Educação Especial de forma qualificada, assim como, a disponibilização de profissionais, interpretes de Libras, brailistas, guia intérpretes, professor para o Ensino de Libras e estagiários para atuação como apoio escolar das pessoas com deficiências.
A Educação Especial na rede estadual de ensino deu um salto expressivo nos últimos oito anos. Em 2011, haviam 5.537 alunos matriculados e hoje esse número equivale a 9.515 estudantes atendidos. Para atender esta demanda, há cerca de 1,7 mil servidores especializados. Atuam em regência de classe, seja em turmas de AEE ou em serviço de itinerância em escolas não contempladas com sala de recursos multifuncionais.
