Segup realiza oficinas para revisão do Plano Estadual de Políticas para as Mulheres
Traçar diagnósticos, construir cenários prospectivos para a revisão do Plano Estadual de Políticas para as Mulheres e o mais importante, implementar políticas públicas direcionadas aos grupos vulneráveis, norteado por ações preventivas e operacionais desenvolvidas pelos órgãos do sistema estadual de segurança pública e defesa social (SIEDS). Estes são alguns dos objetivos da oficina “Construções de Cenários” realizada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), nesta quinta-feira (4). O evento acontece até esta sexta-feira (5) na Escola de Gestão Pública do Pará (EGPA).
No Pará, somente de janeiro a setembro deste ano, foram registrados 6.468 casos de violência doméstica contra mulher em todo o Estado. Em 2020, no mesmo período, foram 4.808. O volume maior de ocorrências reflete também a uma maior conscientização da população em realizar denúncias, por meio de campanhas e operações desencadeadas pelo Estado, a exemplo da Operação Maria da Penha.
Capitão Rodrigo do Vale“Hoje é possível perceber um volume maior dos registros destes tipos de crimes. As pessoas estão mais conscientes e tolerando cada vez menos esse tipo de violência, então iremos discutir com diversos órgãos, diversas instituições, com a sociedade civil para que a gente possa identificar essas medidas de prevenção e acolhimento e verificar soluções para esses problemas existentes”, afirmou o coordenador de Políticas de Prevenção da Segup, Capitão Rodrigo do Vale.
Entre os temas abordados na oficina de hoje estavam: ‘A Institucionalização e o Controle Social das Políticas Públicas para Mulheres no Estado e atuação da CIPM e de CEDM’, ‘A importância do PPA para a efetivação das ações do Plano Estadual de Políticas para Mulheres’ e ‘Construindo Cenários Prospectivos’.
Márcia de LimaA palestrante Márcia Andreia de Lima, representante da Coordenadoria de Integração de Politicas para Mulheres (CIPM), vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (SEJUDH) ressaltou a importância da rede de apoio para mulheres vítimas de violência doméstica e a necessidade da integração entre os órgãos do estado e municípios. “É muito importante que a mulher quando saia de casa para fazer uma denúncia e buscar ajuda tenha quem a acolher. As pessoas precisam estar aqui discutindo e propondo ações, assim como a segurança pública, a Secretaria de Planejamento e tantas outras para de fato fazer um plano de Estado e não apenas listarmos letras sem vida”, destacou.
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Denúncias – Denúncias anônimas de violência contra a mulher e outros tipos de crimes podem ser feitas por meio do Disque Denúncia no Whatsapp (91) 98115-9181, ligando de forma gratuita para o 181, ou ainda acessando o site da Segup. Não é preciso se identificar.