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SAÚDE

Brinquedoteca do Hospital de Clínicas (HC) ajuda no tratamento de crianças cardiopatas

Equipe multiprofissional oferece estímulos para o desenvolvimento sensorial, motor, perceptivo e cognitivo das crianças

Por Giovanna Abreu (SECOM)
29/10/2021 13h42

A terapeuta ocupacional, Karla Aita, em atendimento individualizado à criança paciente do Hospital de Clínicias “Desde que a Manuela começou a receber estímulos da equipe multiprofissional dentro da brinquedoteca, já consigo perceber várias evoluções. Ela não sentava e nem falava. Agora já até chama ‘mamãe’, dá tchau e consegue dar uma voltinha sentadinha no carrinho. Ela fica toda feliz e eu mais ainda. O meu coração enche de alegria ao ver o desenvolvimento dela”, comemora, Janaina Ribeiro, mãe de Manuela Vitória, de 1 ano e 5 meses.

A criança, que possui cardiopatia congênita, mora em Marabá e está internada na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC) há quase dois meses, aguardando a quarta cirurgia que precisará fazer, desde que nasceu.

A brinquedoteca “Espaço Curumim” é aliada no tratamento de crianças pacientes do HC. Há um ano, o espaço ganhou novos brinquedos, mobiliário e climatização adequada, além de decoração temática. A reestruturação oferece estímulos para o desenvolvimento sensorial, motor, perceptivo e cognitivo das crianças. 

A Brinquedoteca do HC foi revitalizada pelo governo do Estado e ganhou novos brinquedos, mobiliário e climatização adequadosEm função de medidas de segurança contra a Covid-19, a brinquedoteca possui capacidade máxima para cinco crianças e seus acompanhantes. Os pacientes que participam das atividades do espaço estão internados nos 20 leitos de pediatria da unidade que são exclusivos para crianças cardiopatas.Tatiana Montalvão, psicóloga no Hospital de Clínicas

EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

O espaço é utilizado por uma equipe multiprofissional, composta por psicóloga, pedagoga, assistente social, terapeuta ocupacional e brinquedistas, que atuam para promover a ludicidade do espaço aliada ao desenvolvimento infantil. “Ao ser internada, a criança deixa para trás todo o mundo que ela fazia parte, a família, os amiguinhos, os vizinhos, a escola, a sua vida de criança. Só que o desenvolvimento infantil não cessa dentro de um Hospital, pelo contrário, ele precisa ser fortalecido”, ressalta a psicóloga da unidade, Tatiana Montalvão.

Segundo a profissional, a brinquedoteca é um espaço de prazer, que promove o desenvolvimento de habilidades múltiplas, de aprendizado, de integração e do processo de identificação. “Quando uma criança, que vai se operar, vê o coleguinha, que também vai passar por algum procedimento, brincando ao lado, o medo da dor pode minimizar. O objetivo é fazer com que a criança tenha os efeitos da hospitalização minimizados”, afirma.  

Terapeuta, Karla Aita: "É preciso ser sensível às crianças"A terapeuta ocupacional, Karla Aita, explica que a partir da exploração do ambiente, dos objetos, de um atendimento individualizado ou em grupo, são ofertados estímulos necessários para que a criança tenha um desenvolvimento típico. “Precisamos ser sensíveis a essas crianças que tem necessidades diferenciadas para que possam viver a sua infância o mais próximo possível do normal, mesmo nos momentos em que estão em sofrimento psíquico por estarem restritas de uma vida fora do hospital. Não tem como traduzir o prazer de ver o brilho nos olhos e o desenvolvimento delas em palavras, é impagável”, conta.

EMOÇÃO

Com lágrimas nos olhos, Jessica Martins, que é mãe da Ketlyn Carneiro, de 9 meses, se emociona ao falar sobre as dificuldades e as superações que vive com a sua filha desde que a neném, que está internada no hospital há 15 dias, foi diagnosticada como cardiopata.

“Com quatro meses, comecei a perceber que ela ficava mais cansada que o normal, com o desenvolvimento muito lento. Viemos de Barcarena e encontrei no HC um atendimento maravilhoso, com profissionais atenciosos e preocupados. A brinquedoteca nos desestressa da rotina de hospital, que é realmente muito pesada. Aqui ela se sente a vontade, relaxa tanto que até dorme”, conta Jessica.