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Pesquisa aponta para retomada de viagens e pode aquecer turismo no Pará

Mercado demonstra sinais de aquecimento no turismo interno. Estudo demonstrou que 70% dos brasileiros querem viajar na primeira oportunidade

Por Luana Laboissiere (SECOM)
26/10/2021 11h25

Uma pesquisa inédita divulgada pelo Boston Consulting Group (BCG) revelou que 70% dos brasileiros pretendem viajar na primeira oportunidade. O estudo denominado Consumer Sentiment ouviu 1,5 mil brasileiros, que já demonstraram confiança em viajar novamente com o avanço da vacinação pelo país.

“Mais de 150 milhões de brasileiros já foram imunizados com pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19. Esta conquista foi crucial para aumentar a confiança dos viajantes e voltar a movimentar a engrenagem do turismo brasileiro”, garante o ministro do Turismo, Gilson Machado.

“O ser humano tem uma necessidade de inata de viajar, conhecer outros lugares, outras pessoas, outras comidas, outras culturas, e essa vontade ficou represada durante a pandemia. Então, com a flexibilização das medidas de combate à Covid por conta do controle que se tem hoje sobre a pandemia, as pessoas querem poder viajar, espairecer e buscar diversão após um difícil período intenso de confinamento para todos que buscaram evitar a exposição ao vírus. E esse cenário traz impactos positivos para o Pará. Ainda existem muitas restrições com relação às viagens internacionais. O real se desvalorizou muito durante esse período, o que torna a viagem muito cara para fora do Brasil. E o Pará é aquele destino turístico ainda inexplorado pra muitos”, afirma o secretário de Turismo do Pará, André Dias.

O resultado da pesquisa do BCG reforça ainda a tendência do turismo doméstico e de proximidade no país: 26% dos turistas entrevistados afirmaram que querem viajar pelo Brasil; 19% preferem realizar uma viagem internacional. Sobre o meio de transporte escolhido, 25% dos entrevistados planejam realizar a próxima viagem de carro e 45%, de avião.

Maior movimento

No dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, os aeroportos brasileiros registraram mais de 1,7 milhão de passageiros e a taxa de ocupação hoteleira ficou acima dos 75% no período, segundo levantamento realizado pelo Ministério do Turismo. Também no início de outubro, foi aprovada a volta dos cruzeiros marítimos na costa brasileira, que deve ocorrer em novembro. O MTur estima ainda que isso vai injetar R$ 2,5 bilhões na economia nacional e gerar cerca de 35 mil empregos.

“Por conta do lockdown e da necessidade de ficar em casa, agora, as pessoas querem buscar contato com a natureza, ambientes abertos, experiências inovadoras. Aqueles itens que estavam na lista sempre de canto, ‘ah, depois eu vou, numa outra oportunidade’, agora virou uma quase prioridade, uma urgência sanar esses desejos. Com a pandemia, a gente viu que precisamos disso também. O Pará como principal destino turístico da Amazônia tem muito a se beneficiar, com geração de emprego e renda. Os empresários aqui estão prontos para receber esse turista e apresentar essas experiências que eles tanto anseiam”, diz André Dias.

É o caso, por exemplo, de Lucélia Guimarães, pedagoga paraense que mora fora do estado desde 2004 e atua como professora em universidade pública no Mato Grosso do Sul. Ela teve a oportunidade de pela primeira vez conhecer Alter do Chão em setembro deste ano e neste feriado vai viajar para Algodoal. “Foi maravilhoso. Melhor viagem que já fiz na vida. Alter do Chão tem um bom serviço de hospedagem, a gastronomia é maravilhosa...só achei os passeios de lancha um pouco caros”, revela.

Sobre turismo em tempos de pandemia, ela conta que vários cuidados foram tomados. “Tive muito medo como ainda tenho. Mas, a viagem foi pensada com muito cuidado. Sem frequentar lugares aglomerados e fechados. Nos passeios que fizemos, as lanchas eram exclusivas para o grupo que estava junto. Ficamos em uma pousada reservada só para o grupo, usamos máscaras e álcool em gel também”, conta Lucélia.

O empresário do setor, Gelderson Pinheiro, sócio da Rumo Norte Expedições, comenta um indicativo crescente na demanda por pacotes de viagens. “Vamos nos recuperar muito antes do que vinha sendo esperado pelo setor. A gente vem acompanhando uma demanda crescente, estamos vendo um mercado aquecido e com grandes expectativas para o ano de 2022”.

Texto: Israel Pegado/ Ascom Setur