Agricultores Familiares de Cametá participam de projeto de piscicultura executado pela Emater
O projeto piloto “Novas Técnicas de Cultivo Intensivo de Peixes redondos na Agricultura Familiar” está sendo executado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), por meio do escritório local da Empresa em Cametá, em parceria com a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e apoio da prefeitura de Cametá.
A Unidade de Referência Técnica (URT) fica localizada na comunidade Caripi, na zona rural do município de Cametá e envolve 24 famílias da região.
“Através deste projeto foi possível a revitalização de cinco tanques de piscicultura desativados há alguns anos por falta de recurso para manter as despesas de cultivo e acompanhamento de uma unidade em processo produtivo. A partir do projeto Anater os tanques estão sendo reativados e vão garantir a subsistência das famílias e oferecer a estas mais uma oportunidade de complementação de renda da atividade principal, através da comercialização no local da produção excedente”, explica Antônio Corrêa, chefe do Escritório Local da Emater em Cametá
A URT é uma ferramenta de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) que tem o objetivo melhorar a produção, a partir da capacitação dos produtores rurais familiares e da difusão de tecnologias. A partir da Unidade é possível se implantar uma metodologia que pode ser colocada como modelo para a realidade daquela comunidade.
Em relação a instalação de uma URT voltada para a piscicultura, o engenheiro de pesca da Emater, Tiago Catuxo, considera que a piscicultura bem manejada e orientada pode gerar ao agricultor familiar segurança alimentar e renda, e tem como ponto favorável vários aspectos ambientais da região.
“O estado do Pará, com clima e abundância em recursos hídricos, é um forte candidato ao desenvolvimento de projetos aquícolas, dessa forma os projetos desenvolvidos pela EMATER-PA em convênio com a ANATER, tem auxiliado na expansão da atividade no estado com é caso do projeto em questão”.
O engenheiro de pesca também ressalta a sustentabilidade dos projetos coordenados pelas instituições de Ater. “É importante frisar que projetos de piscicultura de base familiar, são considerados de baixo impacto e podem estar agregados a outras atividades na propriedade como a utilização dos efluentes para fertirrigação de atividades agrícolas como hortas, fruticultura e outros”, afirma Tiago.
Texto: Etiene Andrade (Ascom/Emater)