Pará recebe o Fórum Mundial de Bioeconomia, realizado pela primeira vez fora da Europa
Evento foi aberto nesta segunda-feira (18), em Belém, pelo governador Helder Barbalho, que institucionalizou conquistas ambientais do Pará na sua gestão
Governador Helder Barbalho abre o Fórum Mundial de Bioeconomia, pela primeira vez fora da Europa, e saúda mudança de mentalidadeAté a próxima quarta-feira (20) a capital paraense é sede do Fórum Mundial de Bioeconomia (WCBEF). Em uma ação articulada pelo Governo do Pará, pela primeira vez, o evento ocorre fora da Europa. A solenidade de abertura foi realizada nesta segunda-feira (18), no Galpão 3 da Estação das Docas.
O evento contou com a presença do governador anfitrião, Helder Barbalho, e dos governadores e representantes dos estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), além de especialistas, estudiosos e autoridades do setor. Na oportunidade, o governador Helder Barbalho instituiu quatro avanços do Estado na área da bioeconomia, com assinaturas do Edital do Procedimento de Manifestação de Interesse, para concessão de Áreas Estaduais para proteção e comercialização de créditos de carbono, e o do decreto da Estratégia de bioeconomia do Estado. Também foi oficializado o primeiro contrato de crédito para produtores da bioeconomia através do Banpará Bio, além da criação da Unidade de Conservação do Refúgio de Vida Silvestre Rios São Benedito e Azul, nos municípios de Jacareacanga e Novo Progresso.
Produtores de bioeconomia do Pará têm acesso a crédito público por meio de uma linha institucionalizada pelo governador: o Banpará BioO governador paraense ressaltou que o Fórum é uma oportunidade pública para mudanças de mentalidade no desenvolvimento da Amazônia. “É fato que só existe razão para discutir esse novo modelo se houver envolvimento dos povos locais”, ponderou o governador paraense, para ressaltar que bioeconomia e floresta em pé são os caminhos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Helder Barbalho adiantou que o Estado avança para desenvolver um modelo próprio de bioeconomia, que terá como base ciência, tecnologia e informação. “O compromisso do Estado do Pará com o desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono traz consigo uma mudança de paradigmas de produção, com a valorização da economia florestal e promoção da produção sustentável. Nosso modelo de desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono, ancorado no Amazônia Agora, busca encetar políticas públicas por meio de incentivos à conservação e à valorização ambiental”, disse ele.
O vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, enviou um vídeo"CRESCIMENTO VERDE"
O governador argumentou que a bioeconomia possibilita romper o paradigma que contrapõe o desenvolvimento à conservação ambiental e representa a possibilidade de um novo modelo produtivo.
"É nesse rumo que pretendemos ver orientados e dirigidos, os investimentos produtivos na região, nos próximos anos”, detalhou o chefe do Poder Executivo Estadual.
Vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), o general Hamilton Mourão avalia que a promoção do fórum consagra um momento de crescimento verde no Brasil, que ganha visibilidade no cenário mundial, disse ele, durante participação no evento por meio de um vídeo.
TEMÁTICA
Governador Helder Barbalho cumprimenta uma produtora ligada à bioeconomia no Estado logo após a abertura do Fórum MundialNo coração da região amazônica, o Fórum Mundial de Bioeconomia discute caminhos e oportunidades verdadeiramente escaláveis, com real potencial de transformação e de sinergia com a natureza. Lideranças e especialistas, do Brasil e do exterior, estarão focados no debate das distintas rotas que se apresentam para o desenvolvimento pleno da bioeconomia.
A liderança do Brasil em bioeconomia é compatível com o protagonismo que os governadores do Fórum da Amazônia também esperam alçar na COP-26, em Glasgow. “Ali, igualmente, teremos momento decisivo para a configuração de um mercado global e regulado de créditos de carbono, a ser definido no Artigo 6 do Acordo de Paris, iniciando etapa vital para evitar reverter a mudança de clima”, pondera Helder Barbalho.