Helder Barbalho define ações imediatas com nova equipe da área de segurança pública
O novo governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, esteve reunido na manhã da última segunda-feira (31), com os futuros gestores da área da segurança pública, pasta que terá prioridade em sua gestão, para traçar ações imediatas que começarão a ser realizadas durante os primeiros dias de seu mandato. A reunião ocorreu no plenário da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), em Belém.
O processo do pedido de apoio da Força Nacional, uma das principais demandas citadas durante a campanha eleitoral, também foi debatida durante o encontro. Além disso, foram estabelecidas as primeiras ações concretas de segurança que poderão ser observadas ao longo dos primeiros dias de janeiro, com a realização de blitz, abordagens policiais, cumprimento de mandados de prisão e outras ações em áreas que apresentam os maiores índices de violência nos últimos meses, com base nas estatísticas e manchas criminais. O fortalecimento e a valorização dos agentes de segurança pública também foram pautas da reunião.
“Nós estamos trabalhando preventivamente no planejamento para que desde o início de nossa gestão tenhamos ações que possam fazer a mudança necessária com maior presença dos agentes de segurança, com iniciativas que valorizem a informação, a estratégia, em diversas frentes de combate à violência no nosso Estado. Por isso, estão todos aqui os representantes da área da segurança de forma transversal para fazer esse planejamento e permitir um novo tempo para o futuro do Pará”, anunciou Helder Barbalho.
Quanto à presença da Força Nacional, o governador ressaltou a importância não só da presença da tropa federal, como a integração dela aos agentes de segurança locais. “No dia 2 de janeiro, nós solicitaremos oficialmente a Força Nacional para que o Governo Federal possa trazer essa força para se somar à Polícia Militar, Polícia Civil, guardas municipais e demais órgãos da área da segurança”, reforçou.
Os instrumentos de inteligência e análise criminal, por meio do Centro Estadual Integrado de Inteligência (CEII), serão potencializados com base nas estatísticas, de forma que ações sejam desenvolvidas com foco no combate à criminalidade. Já começaram a ser avaliados, de maneira técnica, os números e as estatísticas de bairros e municípios que têm a maior incidência de violência, seja em números absolutos ou proporcionais. A partir dos dados, começarão as jornadas de enfrentamento, que contarão com mais de 350 policiais, entre militares e civis.
Para as ações de combate à violência com base nas análises iniciais técnicas, foram identificados os bairros do Benguí, Cabanagem, Guamá e Terra Firme, em Belém, e os municípios de Marituba, Abaetetuba, Castanhal, Marabá, Altamira, assim como serão realizadas ações de reforço em Santarém e Redenção.
“Mais de 35 cidades representam hoje cerca de 80% da criminalidade. O nosso ponto central é garantir que, com essas informações, possamos iniciar a estratégica de enfrentamento de crimes comuns, de tráfico de drogas, milícias e outros tipos de crime, para que possamos garantir a paz aos cidadãos”, declarou Helder.
Valorização de agentes públicos
Diante dos números alarmantes, o governador ressaltou ainda que na sua gestão os agentes de segurança pública serão valorizados e terão uma maior estrutura para desenvolver o trabalho com eficácia e ter também a tranquilidade garantida aos seus familiares.
“Precisamos fazer com que a tropa consiga se sentir valorizada. Para isso não apenas o processo de remuneração, mas também garantir às famílias políticas públicas habitacionais para que todos possam estar protegidos, elevando assim a autoestima dos agentes de segurança pública. Estar aqui é uma declaração clara que estarei lado a lado com os agentes, para que nós possamos fazer, efetivamente, priorizar a questão da segurança no nosso Estado”, concluiu o novo governador.
Helder Barbalho anunciou ainda que o efetivo da Polícia Militar, Civil e dos Bombeiros é restrito e, diante desta realidade, é preciso ter foco e planejamento para iniciar as ações nos locais onde a violência seja mais alarmante. Em relação ao quantitativo de efetivo, ele afirmou também que terá aumento de agentes, fazendo com que aqueles que estão em atividades meio e administrativa em outros órgãos, sejam redirecionados para ter mais gente trabalhando nas ruas e oferecendo segurança à população.