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Hospital Ophir Loyola celebra 109 anos de fundação na capital paraense

Programação de aniversário resgatou fatos históricos e apresentou as perspectivas para o futuro, da unidade referência para nefrologia, oncologia e tranplantes

Por Leila Cruz (HOL)
06/10/2021 16h35

Uma solenidade comemorativa aos 109 anos do Hospital Ophir Loyola foi realizada nesta quarta-feira (06), no auditório da Fundação Amazônica de Música. A autarquia que nasceu do legado do pediatra Ophir Pinto de Loyola, tornou-se referência em nefrologia, neurocirurgia, oncologia e transplantes. A programação resgatou fatos históricos importantes, momento atual e perspectivas futuras, além de trazer a apresentação do Quarteto de Cordas da Fundação Carlos Gomes, a bênção da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré e homenagem aos servidores falecidos por covid-19.O diretor-geral da instituição, Joel de Jesus (c) e demais gestores do Hospital Ophir Loyola no evento alusivo aos 109 anos

O diretor-geral, Joel de Jesus, destacou as melhorias alcançadas por meio de ações planejadas em benefício dos usuários. “Com apoio do governo do Estado, investimos em renovação tecnológica para ofertar serviços de diagnóstico e tratamento mais eficientes. O ano de 2021 tem sido de suma importância para o hospital, a partir dos investimentos já realizados e daqueles que estão por vir, a instituição estará mais preparada para receber todos que precisam de cuidados médicos”, disse.

Em relação a recursos humanos, a gestão destacou o pioneirismo na criação do Ambulatório de Neurocovid, serviço designado a oferecer todo o suporte necessário na investigação e acompanhamento das manifestações associadas com a infecção por Sars-CoV-2. Também frisou a realização de processos seletivos e chamada pública para contratação médica e multiprofissional.

Para modernizar a infraestrutura tecnológica, novos equipamentos foram adquiridos como 25 máquinas de hemodiálise; sete (7) aparelhos de anestesia que permitem a realização de atos anestésicos com altos níveis de desempenho; equipamento de raios-x digital portátil e equipamentos de segurança digital destinados a proteger as informações dos usuários e sistemas do hospital. “E destaca-se a aquisição de dois novos aceleradores lineares de última geração que vão aperfeiçoar o tratamento radioterápico e serão entregues assim que as obras físicas forem concluídas”, informou o gestor.

Joel de Jesus ainda enfatizou o papel do Ophir Loyola como Hospital de Ensino e Pesquisa responsável pela qualificação continuada da mão de obra especializada para atuar na nossa região e atuante em projetos científicos inovadores. “No final de 2020, habilitamos o primeiro Programa de Residência Médica na área de atuação em Neurorradiologia da região Norte. E, este ano, o hospital participa de um estudo inédito sobre ‘neurocovid’, coordenado pela Fiocruz”, frisou.

A programação trouxe o depoimento da família do médico Fernando Jordão representando as famílias enlutadas dos servidores vítimas de covid-19. A filha, Patrícia Jordão, emocionou os presentes ao falar sobre a trajetória do pai, um dos pioneiros na realização de transplantes renais. “O Ophir Loyola fez parte da labuta diária do meu pai durante longos e abençoados anos, exercida com verdadeiro sacerdócio. Trabalhava sem cessar salvando vidas. Meu pai amava o que fazia, estudava com afinco, primava pela capacitação profissional, pelo fazer bem feito exigindo sempre a excelência. Ele compreendia verdadeiramente a real importância do médico para a saúde pública”, recordou.

Atendimentos - De janeiro a agosto de 2021, foram realizados mais de 695 mil procedimentos entre consultas, exames e internações para pacientes de todos os municípios do Pará e estados vizinhos como Amapá e Maranhão. Nesse mesmo período,  1.797 cirurgias, 42.717 aplicações de radioterapia, 18.827 sessões de quimioterapia, 7.877 sessões de hemodiálise, 18.632 diagnósticos por imagem, 18.632 exames de diagnóstico por imagem, dentre  outros serviços.A visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré fez parte da programação comemorativa

“Sabemos a importância do Ophir Loyola não somente para o Pará, mas também para a região Norte como uma das referências nacionais na assistência à saúde. A nossa gestão tem desenvolvido diversos projetos e ações, juntamente com nossos servidores, com a finalidade de prestar uma assistência de qualidade e humanitária. Estamos trabalhando para oferecer um atendimento mais especializado e integral à população carente”, destacou Fernando Velasco Júnior, diretor de administração e finanças.

Mais sobre o legado do pioneiro pediatra Ophir Loyola

O Brasil ainda vivia sob o jugo da escravidão em 1886, quando nascia no Maranhão, em 13 de abril, aquele que iria se tornar um médico pediatra para entrar na história do Pará, como empreendedor e visionário, símbolo de profissionalismo e solidariedade às crianças menos favorecidas. Diz a história que corria o ano de 1910 quando Ophir Pinto de Loyola, somando apenas 24 anos, chegou a Belém. 

O especialista, que se tornaria um dos pioneiros da pediatria do Estado, fundou o Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Pará, cuja missão era auxiliar as crianças carentes. A data de surgimento do órgão foi a de 6 de outubro de 1912.

Ophir Loyola faleceu aos 48 anos, vítima de câncer no fígado, em 11 de outubro de 1934. Sete anos se passaram e, em 1941, a 19 de abril, era inaugurada a sede do Instituto Ophir Loyola. O legado do médico culminou em um Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), que atende a população carente paraense.