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Hospital Ophir Loyola alerta para a prevenção do câncer de intestino grosso

O HOL informa que, de início, o atendimento é feito pela rede de postos de saúde, só após essa primeira fase, se necessário, o paciente é encaminhado para o hospital

Por Dayane Baía (ARCON)
30/09/2021 14h25

Antônia Almeida enfrentou um câncer e foi tratada no Ophir Loyola Cólicas e sangramento foram os primeiros sinais percebidos pela doméstica, Antônia Almeida, de 53 anos, moradora do bairro 40 Horas, em Ananindeua. Foram cerca de oito meses entre os primeiros sintomas e o diagnóstico de câncer no intestino grosso. Em tratamento no Hospital Ophir Loyola (HOL), ela celebra a última sessão de quimioterapia, três meses após o procedimento cirúrgico de retirada do tumor, em junho deste ano.

O HOL se junta à campanha Setembro Verde que visa a conscientização da sociedade para os sintomas do câncer de intestino grosso e cuidados preventivos, sobretudo com a alimentação. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou 41 mil novos casos para cada ano do triênio 2020-2022 no país, a doença ocupa a quarta posição na região Norte, onde a estimativa é de 1.100 casos novos em 2021.

No Pará, são estimados 470 casos, com um risco de 4,50 casos a cada 100 mil homens; e de 6,33, a cada 100 mil mulheres. Até  27 de setembro,  385 pacientes estavam em tratamento  contra o câncer  de intestino  no Hospital Ophir Loyola.

“Sentia muita dor, fazia exames e não indicavam nada. Até que a colonoscopia indicou. Eu perdi muito peso, fui de 68kg pra 40kg. Graças a Deus eu sei que estou operada porque dá para ver a cicatriz e ainda estou usando a bolsa da colostomia. Mas não sinto dores, nem fraqueza. Já recuperei 10kg. Recomendo que, aos primeiros sinais, a pessoa logo procure médico, porque é o especialista que diz o que se tem”, afirmou Antônia Almeida.

O médico Alessandro França, chefe de Cirurgia Oncológica do HOL explica que os sintomas variam de acordo com o local de evolução do câncer, já que o intestino grosso é um órgão longo. “Os principais sintomas são sangramento junto com as fezes, anemia, cansaço, dispinéia com os pequenos esforços, pode haver também alteração do hábito intestinal com evolução para diarreia ou prisão de ventre, ou alternância deles. Pode ter alteração no formato das fezes, mais finas. Em casos mais avançados pode ter perda ponderal ou massa abdominal ou obstrução intestinal. Quando há desconfiança de um tumor de intestino o paciente deve ser submetido à colonoscopia, o exame padrão para identificação e diagnóstico desse tipo de câncer”, detalha Alessandro.

Em geral, as pessoas com idade acima de 60 anos são as mais acometidas mas em alguns casos de síndromes genéticas, podem ocorrer em indivíduos mais jovens. É necessário ficar atento aos sintomas, a exemplo de uma anemia inexplicável, sangramentos junto com as fezes ou sangramento por via anal são os sinais de alarme para os pacientes. Pode ocorrer também, alteração súbita do hábito intestinal, percepção que não conseguiu evacuar tudo e em casos mais avançados perda de peso ou obstrução intestinal. 

“Um dos fatores primordiais para o surgimento do câncer do intestino grosso são os hábitos alimentares. E infelizmente os dos paraenses contribuem para isso. É uma alimentação mais pobre em vegetais e frutas. A obesidade também contribui, assim como a alimentação rica em processados e multiprocessados, além de embutidos. Carnes processadas, ricas em carnes vermelhas. Ao longo do tempo são fatores de risco”, pondera o médico.

O tratamento geralmente é cirúrgico com a retirada do segmento do intestino com a doença e aí dependendo da localização e de que estado está a doença, pode ser feito quimioterapia acompanhado ou não de radioterapia. O atendimento é feito inicialmente pela rede de postos de saúde, com realização de colonoscopia e biópsia. A partir daí são encaminhados para o Hospital Ophir Loyola, onde é feito o estagiamento da doença e avaliado qual o tipo de tratamento mais adequado.