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MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Secretaria de Meio Ambiente do Pará defende agenda ambiental associada a políticas sociais

Proposição foi apresentada pelo secretário, Mauro O' de Almeida, no painel 'Governos Estaduais Rumo ao Net Zero', na Conferência Brasileira de Mudança do Clima

Por Bruna Brabo (SEMAS)
29/09/2021 16h42

O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), Mauro O'de Almeida, participou, nesta quarta-feira (29), do painel online "Governos Estaduais Rumo ao Net Zero", que faz parte da programação da terceira edição da Conferência Brasileira de Mudança do Clima.

O evento promove diálogos entre movimentos sociais, povos tradicionais, governos, organizações não governamentais, comunidade científica e setores público e privado para formular e monitorar compromissos que possam influenciar a agenda climática, tendo como objetivo alcançar a neutralidade de emissões de gases até 2050.

O Pará é um dos quatro primeiros estados da América Latina a se comprometer publicamente com a campanha, ao lado de Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo, por isso, além do titular da Semas, o painel teve a participação do subsecretário do meio ambiente da secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Trani; de José Bertotti, secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco; e da secretária estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais, Marília Melo.

Segundo o titular da Semas, a implementação de uma agenda ambiental no Pará está associada a políticas sociais. "Naquilo que se chama 'Pará profundo' não há uma conscientização ambiental nos moldes das grandes cidades, como da Europa e dos Estados Unidos, por exemplo. A população daqui, possui baixos índices de desenvolvimento humano, está mais afeita à viabilização de sua subsistência e existência. O emprego, a comida do dia a dia, a oportunidade fala mais alto do que a pauta ambiental. Se a gente não tiver o conceito de justiça climática e social nós não vamos pra frente. O nosso plano agora é o desenvolvimento, com foco no manejo do uso da terra e da floresta. Temos a ambição de que até 2026 nós nos tornemos emissores líquido zero de gases de efeito estufa, de carbono neutro, e até a COP 26, nossa meta é entregar a estratégia estadual de bioeconomia”, declarou.

A secretária estadual de meio ambiente de Minas Gerais, Marília Melo, afirmou que a pauta ambiental é de caráter emergencial. "Nós estamos vivenciando crises hídricas, mudanças no comportamento do ciclo hídrico e incêndios florestais muito críticos. Isso mostra a urgência desta pauta ambiental, urgência de reverter este processo. Nós trabalhamos a base regulatória para fomento das energias renováveis, e vamos atualizar nosso plano de mudanças climáticas e também atualizar nosso inventário de emissões de gases de efeito estufa."

José Bertotti, defendeu as metas de redução de gases de efeito estufa. "Desde a primeira conferência brasileira do clima, os estados mostraram que estão comprometidos. O painel intergovernamental de mudanças climáticas da ONU nos traz uma mensagem clara e é ele que nos orienta. As metas de redução de gases de efeito estufa são necessárias, devido ao aumento na temperatura. Essas ações são imediatas, e não dá para protelar. A gente busca mais empregos, melhor qualidade de vida, queremos construir de fato uma sociedade sustentável e achamos que este é o caminho que nos leva para o futuro."