Santa Casa é a única no Brasil transformada em Fundação Pública Estadual 100% SUS
No mês de aniversário do Sistema Único de Saúde (SUS), a unidade, sob a gestão do governo do Estado, destaca a prestação gratuita dos serviços hospitalares
De São Caetano de Odivelas, Fabiana Miranda teve gêmeos na Santa Casa, em Belém: "São profissionais preparados", reconheceu ela.“Aqui não posso reclamar de nada. Fui muito bem tratada. Dá para perceber que são profissionais preparados, que sabem o que estão fazendo, e que o Hospital mesmo é todo limpo, tem tudo, e eles são carinhosos e compreensivos. Deu tudo certo”, relatou Fabiana Miranda, de 25 anos, moradora de São Caetano de Odivelas, no nordeste do estado. Este mês, ela foi internada na Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCM) para dar à luz gêmeos, Wayllon e Waykan.
O nascimento de crianças é um dos exemplos da importância da Fundação Santa Casa, uma das maiores instituições públicas do Brasil, com gestão do governo do Estado, na área de Saúde com atendimento 100%, aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)
Neste mês de setembro, a Lei nº 8.080/1990 que regulamentou o SUS no Brasil, com ações e serviços de saúde, faz aniversário. o Sistema foi garantido pela Constituição Federal de 1988. É o único sistema de saúde pública do mundo que atende milhões de pessoas gratuitamente. Todos podem usar o SUS, porque seus princípios são a integralidade, a igualdade e a universalidade.
Presidente da Fundação Santa Casa, Bruno Carmona O presidente da Fundação Santa Casa, Bruno Carmona, ressalta que a instituição é um hospital cem por cento público e busca sempre atender os pacientes com excelência. "A Santa Casa do Pará atende todos os princípios determinados constitucionalmente pelo nosso sistema único de saúde, o SUS. Somos um órgão da administração indireta, vinculado à Sespa, e primamos pela qualidade do atendimento naquilo que nos cabe dentro da política estadual de saúde. Considerando o nosso perfil, buscamos sempre atender os nossos pacientes com qualidade, segurança e excelência”.
A comerciária Selma Jaíne Marinho, de 26 anos, moradora de Belém, relata que o filho único Nicolas Daniel, “renasceu assim que nasceu”, no dia 29 de julho deste ano: “Quando os médicos conseguiram tirá-lo, eu já estava exausta; vinha de horas de espera em outro hospital. Ele não chorou e nem se mexeu. Minha mãe tentou evitar que eu percebesse, mas consegui enxergar as manobras de ressuscitação”.
Atendida na Emergência Obstétrica da Santa Casa com diagnóstico de hipertensão (eclâmpsia) e sangramento, Selma enfrentou uma cesariana de imediato. Tanto o bebê quanto a puérpera precisaram ser internados na UTI.Profissional assiste bebê na UTI Neonatal da Santa Casa, uma das maiores instituições públicas do País, com gestão do governo do Pará
A possibilidade de Hipotermia foi apresentada ao pai da criança, marido de Selma Marinho, o bombeiro civil Vicente Ferreira Júnior, de 34 anos. Selma teve alta em sete dias e Nicolas, 11 dias. O tratamento deu certo. Nicolas está se aproximando dos dois meses de vida sem nenhuma intercorrência. “É gordinho, animado, reage a tudo o que a gente faz e fala. É um tesouro”, conta a mãe. A família mantém acompanhamento na Neonatologia da Santa Casa, com consulta uma vez por mês e exames periódicos.
A direção da Santa Casa reconhece que são tantas histórias que representam a importância do atendimento aos usuários do SUS. Os pacientes também reconhecem o trabalho incansável dos profissionais que atuam no hospital, como relata Kele Maciel, de 19 anos, de Concórdia do Pará, nordeste do Estado.
Kele Maciel passou pela experiência da humanização do parto normal na Santa Casa. Atendida pela equipe multiprofissional, a jovem dona de casa ressaltou que o acompanhamento psicológico foi essencial para que ela mantivesse a calma durante o parto de Eloá.
“A equipe que acompanhou meu parto foi incrível, me recebeu bem e explicou tudo. A psicóloga segurou a minha mão durante todo o processo e a Eloá nasceu com 51 cm e pesando 3,522 kg”, recordou Kele Silva.
INTEGRALIDADE, EQUIDADE E UNIVERSALIDADE À SAÚDE
Uma das áreas que atende uma grande demanda de pacientes do SUS é o complexo ambulatorial da Santa Casa. De janeiro a agosto deste ano, foram realizados 76.185 atendimentos multidisciplinares, entre esses, 31.314 consultas médicas.
Para Elineth Valente, gerente do Complexo Ambulatorial da Santa Casa, o SUS é um patrimônio nacional. “E nesses mais de 30 anos de existência conseguiu levar, mesmo com todas as dificuldades de financiamento, os seus princípios de integralidade, equidade e universalidade à saúde da população brasileira”, assinala.
Mais de 190 milhões de brasileiros são atendidos anualmente pelo SUS, que oferta desde atenção básica e preventiva, como campanhas de vacinação, até a alta complexidade, como transplantes. E isso não temos em nenhum país do mundo.
“A Santa Casa é um exemplo dessa atenção integral. Atendemos em nossos ambulatórios desde o acompanhamento pré-natal de risco, a transplantes renais. De forma multidisciplinar. Os nossos números mostram a importância da instituição e a importância do SUS para a saúde da população. Por isso, defendemos o Sistema Único de Saúde”. Enfatiza Elineth.