Emater apoia produção de cachaça de jambu artesanal no município de Santa Bárbara
Escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) orienta sobre técnicas e para o acesso às políticas públicas de crédito e financiamento
Agricultora, Adriane do Socorro Costa: "A Emater nos assessorou"De sabor marcante, a cachaça de jambu conquista paladares de dentro e fora do estado pela sua peculiaridade de provocar um sutil tremor nos lábios. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) auxilia os produtores no cultivo e viabiliza a comercialização por meio do projeto Empório Sustentável.
Valdirene Costa de Oliveira, extensionista rural da Emater, destaca o trabalho realizado em Santa Bárbara, na região de integração Guajará. “A Emater-PA, escritório local em Santa Bárbara dá assistência técnica a esses agricultores mediante a emissão da Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que dá a oportunidade de acessar as políticas públicas do governo federal, como Pronaf (acesso ao crédito financeiro), como também ao PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e PAA (Programa de Aquisição de Alimentos). Agora bem a nível local, a Emater, através do Projeto Empório Sustentável, leva a oportunidade de agricultores estarem negociando diretamente com o consumidor, através de feiras itinerantes, que também oportunizam a divulgação dos produtos”, pontua Valdirene.
A agricultora, Adriane do Socorro Silva da Costa, mora na comunidade Expedito Ribeiro e detalhou o processo de produção de jambu. “Nós pegamos a flor que é a semente do jambu, colocamos na sementeira. Quando ela chega em 5cm, colocamos nas leiras, que medem 30 a 50 cm por 30 m separada só para isso. Eu sou técnica em agroindústria e a Emater nos assessorou e incluiu no Empório Sustentável”, pontuou.
O trabalho é realizado junto o esposo, Raimundo Nonato da Silva. “As etapas que a gente faz desde o plantio, colheita, produção de mosto (mistura açucarada destinada à fermentação alcoólica) e a fermentação é básica. Plantamos depois de 45 dias a 90 dias, colhemos as flores para secar, acrescentamos uma fruta da época. Verificamos a quantidade de açúcar, adiciono a levedura e segue para o sistema anaeróbico. Depois vai para o alambique – o nosso é modesto, mas mesmo assim conseguimos tirar uma água ardente boa. Após a destilação tiramos a água ardente e colocamos as flores do jambu e em garrafas em teor alcóolico de 50%. Toda a substância sensorial da flor é extraída, o gosto, o cheiro e o espilantol que dá a sensação de dormência na boca”, detalha a agricultora.
A produção considera aspectos sustentáveis, com a aquisição de garrafas dos balneários da região. “Com isso, acreditamos que colaboramos com a limpeza e conservação do meio ambiente. Essas garrafas são esterelizadas completamente, compramos rolhas, fazemos a partir daí toda processo artesanal de reutilização, rotulação com a nossa marca Tuedoidé que hoje temos e a comercialização nas feiras que a Emater promove”, acrescenta.