Projeto Biizu começa 2017 atendendo três escolas de Belém
Na primeira semana de 2017, a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) levou para três escolas públicas de Belém e Ananindeua um dos minicursos que compõe as atividades do Projeto Biizu, produzido pela Diretoria de Comunicação Popular e Comunitária (DCPC). Cerca de 40 jovens das escolas estaduais Helena Guilhon, Zulima Vergolino e Benjamin Constant, localizadas nos bairros Coqueiro (Ananindeua), e Reduto (Belém), respectivamente, tiveram a oportunidade de conhecer, entre os dias 4 e 6 de janeiro, um pouco sobre a produção de audiovisuais. O curso foi ministrado pelo filmaker Thiago Moraes.
As atividades fizeram parte da parceria firmada há quase um ano entre o Projeto Biizu, da Secom, e o projeto "Direitos Humanos em Cena", da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). O foco são abordagens de problemáticas sociais, como o tráfico humano e a violência contra a mulher, através das várias formas de linguagens.
“Quando a gente pensou no projeto “Direitos Humanos em Cena”, tentamos visualizar as várias linguagens que poderiam servir para tentar transmitir as temáticas que trabalharíamos ao longo do ano: direitos humanos, violência sexual, tráfico de pessoas, trabalho escravo, violência familiar e trabalho infantil”, explicou Jeanete da Silva Gomes, assistente social da Coordenadoria de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo, da Sejudh. Ainda segundo a assistente social, as aulas promovidas pelo Biizu permitiram que os participantes sejam livres para criar suas próprias produções informativas - e que, consequentemente, as produções sirvam para divulgação dos temas debatidos a outras pessoas.
Janelas - Raissa Silva, estudante do 2° ano da Escola Estadual Helena Guilhon, diz que sempre se interessou pelo audiovisual e que viu no minicurso a oportunidade de aguçar ainda mais a vontade de seguir numa profissão nessa área, futuramente, “Quando soube do curso, quis logo me inscrever, saber mais como fazer essas produções que a gente vê na televisão. Acredito que eu vou gostar ainda mais da arte e seguir por esse caminho”, anima-se.
A Professora de Estudos Amazônicos da Escola Benjamin Constant, Gisele Fraia, pontuou a positividade da oficina para os alunos: “Agora eles podem mostrar, através de produções próprias, o que eles aprenderam durante o ano, tanto sobre o conteúdo programático, quanto sobre o projeto 'Direitos Humanos Educação e Cidadania', que foi trabalhado dentro da escola com eles”.
“As aulas de audiovisual com certeza irão ajudar no meu projeto. Irei por em prática tudo o que aprendi aqui”, planeja, empolgada, a estudante Renata Alves, das escola Benjamin Constant. O estabelecimento de ensino possui hoje um canal de vídeos em uma rede social e espera, a partir de agora, participar de outras oficinas do Biizu.
Em expansão - Em 2016, o projeto Biizu atendeu 800 alunos com a realização de 29 oficinas em sete municípios paraenses. Para 2017, as oficinas devem ser expandidas para além da Região Metropolitana e das cidades do interior do Estado onde o projeto já está presente, confirma a coordenadora do projeto, Erika Vilhena. "A partir deste ano estaremos trabalhando em parceria com o Núcleo de Desenvolvimento Regional da Secom para levar oficinas para os municípios de forma mais objetiva, focalizando aqueles que mais apresentam dificuldade de produzir conteúdo à comunidade”, informou.
A expansão das atividades do Biizu será realizada através de pesquisas para traçar o perfil de cada comunidade - e, assim, elaborar estratégias para atender ao máximo de municípios possível, planeja Erika Vilhena.
(Colaboração: Raiana Coelho)